quarta-feira, 9 de março de 2011

Trânsito vira pesadelo

            É isto mesmo, não há como se safar!  O trânsito em João Pessoa está um caos. É um verdadeiro desafio à paciência em horário de pico: às sete da manhã, do meio dia e no final da tarde – transformando as avenidas e |ruas num pesadelo para os motoristas.
            Vejam só. O que ocorre é que se triplicou o número de veículos e não tivemos quase nada de aumento da nossa malha viária, que somado todas as ações não se chegou a quase nada. E o pior: às vezes, essa questão descamba a um discurso de claro viés político, que nos deixa mais burros, mais ridículos e mais revoltados.
            Estou apenas fazendo uma constatação factual: reze para não enfrentar o congestionamento dos corredores como Epitácio Pessoa, Beira Rio, Tancredo Neves, D.Pedro II, Cruz das Armas, dos bairros Bancários e Mangabeira (Josefa Taveira). Assim como, o bairro de Água Fria, a saída de Ernesto Geisel e o Altiplano, onde o setor da construção civil tem investido fortemente.
            O tempo que as pessoas perdem nesses garrafamentos é coisa de doido! Sim, é real. Entre a primeira e a segunda marcha, perdem-se vários minutos com o câmbio no ponto morto, levando o nosso corpo, entre buzinas e azucrinamentos, sofrer os efeitos do estresse.
            Não dá. Enquanto o transporte público for ineficiente, a intervenção de engenharia de tráfico, com ajuste de semáforos, mudanças de sentido de circulação em vias e utilização de equipamentos de controle de velocidade, pouco, muito pouco, vai resolver esse problemão.
            Não há segredo: é preciso expandir o transporte público (com qualidade!) e o poder público, por sua vez, investir em corredores de ônibus no curto prazo para desestimular as pessoas a se locomoverem usando automóveis. Ou seja: a necessidade do poder público privilegiar o transporte de massas em detrimento ao transporte individual. De imediato, esse tipo de sistema de transporte é preferível ao invés o sistema de rodízio e, por último, de metrô, principalmente em função do custo. Uma experiência bem sucedida é da cidade de Curitiba (PR), em que 85% de sua população utilizam o transporte coletivo.
            Não se trata de exaltação gratuita, mas, quando se fala de planejamento urbano, Jaime Lerme é o “cara”. Segunda a revista Time, ele foi considerado em 2010 como um dos 25 pensadores mais influentes do planeta. Deve-se, segundo esse arquiteto, empreender pequenos projetos, que refletem em grandes transformações na vida das cidades, mesmo enquanto se prepara ou se executa um planejamento mais complexo e de longo prazo. A isso, inteligentemente, o denominou de “acupuntura urbano” – ações pontuais e rápidas.
            Enfim, o nosso sistema viário, no horário de rush, está na UTI, à beira da morte. Logo, não devemos dar espaço à conversa fiada. Urge, apenas, providências, providências!...

                                   
                                                        LINCOLN CARTAXO DE LIRA      
                                                          (lincolnconsultoria@hotmail.com)

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