Seja
pelas linhas retas e tortas, um dia, nosso coração irá parar de bater. Ocasião
será o fim do nosso corpo e do nosso tempo no mundo, mas não será o fim. O
corpo terreno é apenas uma residência temporária do espírito. A Bíblia chama
nosso corpo terreno de “temporária habitação”.
Tive essa reflexão espiritual quando
recentemente assistia a missa de sétimo dia do falecimento de um grande amigo,
que deixou a vida terrena para a vida eterna. A Bíblia diz: “De fato, nós
sabemos que, quando for destruída esta barraca em que vivemos, que é o nosso
corpo aqui na terra, Deus nos dará, para morarmos nela, uma casa no céu. Essa
casa não foi feita por mãos humanas; foi Deus quem a fez, e ela durará para
sempre”.
A Bíblia compara várias vezes a vida
terrena a uma habitação temporária em um país estrangeiro. Aqui não é o seu lar
permanente nem seu destino final. Você está só de passagem. Está nesse livro
sagrado os termos como “forasteiro”, “peregrino”, “estrangeiro”, “estranho”,
“visitante” e “viajante” para descrever nossa breve estada neste mundo.
Ora bolas, a maior de todas as
tragédias não é a morte, mas a falta de propósitos na vida. Sem Deus, a vida
não tem propósito; sem um propósito, a vida não faz sentido. Sem um sentido, a
vida não tem relevância nem esperança. A esperança é tão essencial para a vida quanto
o ar e a água.
Continuando na minha reflexão. No
fundo, no fundo, a vida é apenas um ensaio geral, antes da verdadeira produção.
Você passará muito mais tempo do outro lado – na eternidade. Este mundo é um
lugar de preparação, a pré-escola, um exame prático para a vida na eternidade.
É o treinamento coletivo que ocorre antes do jogo, a volta de aquecimento antes
do início da corrida.
O pastor americano Rick Warren, no
seu livro “Para que estou na terra?” - tão leve e gostoso de ler - faz a seguinte
pergunta: Como será a eternidade com Deus? E ele mesmo responde: Francamente,
nosso celebro não é capaz de compreender a maravilha e a grandiosidade do céu.
Seria como explicar a Internet para uma formiga. É inútil! Não foram inventadas
palavras que possam expressar a experiência da eternidade.
Aí é que tá: o único momento em que
as pessoas pensam a respeito da eternidade é nos enterros, e mesmo nessas
ocasiões são pensamentos frequentemente carregados de sentimentalismo/superficialidade,
baseados na ignorância. Você pode achar que é mórbido pensar na morte, mas na
verdade não é saudável viver negando-a, como se ela não fosse inevitável.
Então. Espero que não haja algum
desavisado em achar que tudo isso é babaquice, é retórica, é ficcional... Mesmo
sabendo que a terra é apenas uma residência temporária.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e
Administrador de Empresas