Desde
que escrevo neste espaço, tenho dedicado meus textos às pessoas, de algum modo,
como também, aos acontecimentos que norteiam e afligem o nosso País. Como é o
caso da “greve dos caminhoneiros”.
Terrível, não? Até uma hamburgueria
de Planaltina, no Distrito Federal, adotou um modelo estranho para entregar
encomendas durante a paralisação dos caminhoneiros: delivery a cavalo. Foi
alternativa encontrada para driblar a falta de combustível.
A paralisação promovida por
caminhoneiros afetou o nosso cotidiano. Não só o bloqueio das rodovias, como o
cancelamento de voos, a falta d’água em algumas cidades, suspensão da coleta de
lixo, hospitais prejudicados por falta de medicamentos, o desabastecimentos de
alimentos e insumos etc.
Nesse clima de greve, temos que ter
cuidado com o palavrório pontuado de civismo duvidoso. Não vejo maiores
problemas em adotar medidas marcadamente autoritárias para defender o nosso
direito de ir e vir, previsto na nossa Carta Magna.
Não sou de fazer média, não
tergiverso. Essa crise do combustível, além de fatores exógenos da economia
(câmbio e o preço-barril do petróleo), é decorrente da má administração do
governo Dilma que deixou a Petrobras, em 2016, com uma dívida brutal de R$ 450
bilhões.
Como se não bastasse, a Dilma em vez
de investir numa malha ferroviária achou melhor promover uma avalanche de
dezenas de milhões de novos caminhões no mercado, criando uma bolha do frete
que persiste até hoje. Crédito, à época, ofertado pelo BNDES, era de 100% do
valor do veículo, juros fixos de 7%, para pagar em 8 anos. Financiamento de
caminhões novinho a preços de carrinhos de brinquedos.
Ficamos por aqui. Apelando para que
a ordem seja restabelecida, que a autoridade dispõe em favor da segurança dos
cidadãos, sem excesso, mas com firmeza.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração