Lembrei de uma frase que li em algum lugar, ou que talvez tenha ouvido alguém dizer: “O trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, a corrupção e a necessidade”.
Bem, para início de conversa, é bom dizer que existe uma relação estreita entre a corrupção e o desemprego, pois ela surrupia recursos do Estado que poderiam estar sendo aplicado em obras, em programas sociais, investindo em educação e em saúde, financiando projetos de desenvolvimento que geram empregos (trabalho).
Dei-me conta ainda, que o trabalho pode atenuar àqueles com problemas psiquiátricos. Onde já existe um movimento que representa uma mudança de paradigma. Acabar com os sanatórios, na sua concepção de presídios. Cujo conceito agora é de convivência e de inclusão. Diminuindo, assim, consideravelmente o número de internação e o uso de remédios.
Quando ele vende algum artigo que produz, vê seu trabalho reconhecido. O resultado tem um valor imensurável: significa que ele não é inútil, não é um peso para a família e que pode contribuir. Isso é o mais importante, mais do que o valor recebido.
A meu ver, outro que pode e deve ser beneficiado com o exercício da atividade laboral é o apenado.
O fracasso do sistema penitenciário é patente. Presídios transformados em depósitos humanos e homens transformados em micróbios sociais. Não há recuperação, e os altos índices de reincidência comprovam essa realidade.
Da mesma forma, a remição de pena pelo trabalho, relegada a segundo plano, como vem sendo tratado pela maioria de nossos Tribunais de Justiça, leva gerar o pernicioso e indigna ociosidade do preso. Ratificando o fundo de verdade do chavão: “Cabeça vazia, oficina do diabo”.
Ademais, o trabalho na prisão pode permitir ao detento, principalmente ao jovem, o desenvolvimento de uma profissão. Formação esta que será útil quando deixar a prisão.
RESUMO DA ÓPERA: “Jamais alguém fez alguma coisa que valesse a pena, a não ser pelo trabalho”.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
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