segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Planos de saúde especial para executivos

       Partindo do princípio que tudo na vida tem prazo de validade, e para não abreviar esse prazo para os altos executivos, comumente estressados, grandes empresas além de lhes oferecerem gordos salários, proporcionam planos de saúde de excelente padrão, que têm até “personal doctor”. É a nova estratégia das organizações de reter esses profissionais.
            É verdade! Os mimos não ficam por aí, têm-se médicos à disposição 24 horas por dia (que orientam a pessoa por telefone ou vão até a casa dela) e enfermeiras obstetras que acompanham a gravidez e o pós-parto das executivas ou das mulheres dos executivos.
            Agora uma constatação: para especialistas da área de recursos humanos, mais do que ótimos salários, um bom plano de saúde se tornou o fiel da balança na hora de decidir o rumo da carreira. Pois cada vez mais as pessoas se preocupam com qualidade de vida. Ter um benévolo plano de saúde passou a ser prioridade.
            No mundo corporativo cada vez mais os executivos se queixam da sobrecarga de trabalho e da falta de tempo para atividade física. Chegou a hora de tirar o pé do acelerador e pensar mais na saúde, e, em hipótese alguma, tente chegar sempre em primeiro. Chegar junto é melhor (e com saúde!), até porque, o universo não distribui medalhas nem troféus.
            Ocorre-me neste momento observar que o mercado de planos de saúde no Brasil atende 45 milhões de usuários. Apesar de esse setor ter registrado um crescimento de 5,3% maior do que o aumento da população e da própria economia brasileira, conforme dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Mesmo assim, tem amargado uma saraivada de críticas por parte do utente como, por exemplo, valor cobrado pelo benefício, o atendimento ruim e as poucas opções de médicos, sem falar da péssima estrutura hospitalar e as irregularidades cometidas por tais planos (saúde). A mim, me ofende como cidadão e me envergonha como brasileiro. É uma forma (patética, diga-se) de dizer: cadê as nossas autoridades, por favor!
            Perguntaram ao Dalai Lama... “O que mais te surpreende na humanidade?” e ele respondeu: “Os homens, porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer, e morrem como se nunca tivesse vivido”.
            À luz dessa compreensão, seria sinal de miopia, ou quiçá por culpa de olhos mal treinados, as empresas não se aperceberem que o convênio médico é um dos fatores decisivos para o funcionário trocar de emprego ou se manter nele. Pensem nisso!


                                                    LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                     lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                     Advogado e Administrador de Empresas

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Solução de problemas

       Problema todo mundo tem. A questão é como fazer com os problemas? Ocorre que muita gente perde um tempão remoendo pequenos problemas, o que leva, muitas vezes, não enxergar um grande problema.
Não se iluda: a cada dia, mais e mais problemas batem à nossa porta. Acho que a vida é assim mesmo, problemas puxando problemas. É bom entender que um problema é uma grande oportunidade de crescer, tanto pessoal quanto profissionalmente.
E digo mais: tem sucesso quem sabe trabalhar para resolver os problemas dos outros, sejam eles seus clientes, seus superiores ou seus colaboradores. É o caso dos criadores do Google ao decidirem resolver um problema para toda a humanidade e veja o que aconteceu? A preço de hoje, a marca Google vale cerca de 111 bilhões de dólares, segundo relatório Brnadz Top1000 de 2011.
Oportuno lembrar que as invenções da humanidade são resultados de profissionais na busca incessante de equacionar os problemas das pessoas. Quer ver um exemplo? O jornalista húngaro Lászio Biró, certamente incomodado e cansado de ver tantas pessoas sofrendo com os transtornos das canetas-tinteiro, decidiu resolver essa dificuldade colocando uma esfera minúscula na ponta de uma caneta e um tubinho com tinta para que ela carregasse a própria carga. A solução foi barata, competente e genial!
Fico maluco quando vejo alguém partindo para “terceirização” da solução de um problema, com surrados argumentos pueris, soltando a clássica máxima: não me traga problemas, me traga soluções! Como dizia um notável professor do meu curso de mestrado: crescer significa estar à frente da solução de problemas. Estava certo. O resto é choro de viúva e não adianta filosofar com opiniões sem ir ao cerne da questão.
Paciência! Nada, nada mesmo, justifica nossos gestores não terem ainda atinado à reflexão: será que poderia haver sucesso ou êxito se não existissem problemas ou obstáculos a serem resolvidos? Será que o sucesso e o êxito não são exatamente o resultado de se vencer o que todos consideram dificuldades? Por isso existe um pecado que Deus não perdoa: aquele que você, por incompetência, não cometeu.
Recentemente, acabei de ler o livro “Problemas? Oba!”, do conhecido escritor e palestrante Roberto Shinyashiki, de talento ofuscante, onde diz que soluções paliativas não vão resolver problemas, é como colocar um “band aid” na ferida, que vai continuar sangrando.
Desse modo, para evitar entrar na escada rolante que vai para o piso inferior da vida, pense bem: sucesso é gostar de superar dificuldades.


                                   LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                   lincoln.consultoria@hotmail.com
                                    Advogado e Administrador de Empresas

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Lei Zé da Silva

       Como é sabido, a Lei Maria da Penha (Lei nº. 11.340) que veio para coibir, de forma efetiva, a violência contra a mulher, tem dado resultado. Não obstante, a referida norma tem causado polêmica, pois alguns juristas entendem como constitucional enquanto outros defendem sua inconstitucionalidade, devido à discriminação em relação ao sexo.
            Não quero aqui manifestar-me, sob retórica didática ou protocolar, mas dizer apenas que o princípio da analogia e isonomia é o que deve prevalecer. Você, leitor, pode estar se perguntando: “Será que ocorre situação em que a mulher bate mesmo no homem?”.
            Dias atrás, na minha caminhada matinal, tomei um susto danado ao presenciar um flagrante de bordoadas correndo solto no meio da rua, próximo ao Hotel Tambaú.  O curioso quem estava apanhando era um homem, que levou um soco certeiro bem no meio da testa, não foi de nenhum arruaceiro, mas de sua própria companheira.
            Aproximando-me desse cenário de nitroglicerina pura, ao mesmo tempo hilariante, pude observar que se tratava de um casal que vive perambulando pela praia “numa boa” - ora mendigando, ora bebendo - igual a tantos outros bebuns, pinguços, paus-d’água e cachaceiros que já fixaram “residência e domicílio” no logradouro do Mercado de Peixe de Tambaú.
            Veja só! O indivíduo que estava apanhando vergonhosamente tinha cara de bobo, cabelo rastafari, os olhos de peixe morto, a conversa típica de um retardado; as pernas bambas ameaçavam ruir com o peso do próprio corpo. A mulher brigona, não era muito diferente, de palidez cadavérica, musculatura flácida, viscosa e com aparência gosmenta, andar trôpego e vacilante. Comecei, então, a rir sozinho ante dessa fauna etílica familiar de violência.
            Com a voz embargada de cachaça, repetindo as mesmas lengalengas fastidiosas:
            - Ficou maluca, Janaina? Por amor de Deus, não faça isso comigo! Nunca bati em mulher. Precisamos conversar...
            Com desdém e sem lhe dar um minuto sequer de trégua, retorquia enfurecida:
            - Arrá! Conversa o quê seu “filho-da-mãe”. Você merece é cacete.
            Li, certa vez, um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) onde aponta que as mulheres são mais agentes de caso de violência doméstica do que vítimas. Pelos dados, 5,7% das entrevistadas admitiram ter agredido o parceiro pelo menos uma vez nos últimos 12 meses; a ação partiu dos homens em 3,9% dos casos de violência.
            E pois? Sugiro: diante desse quadro grave, patético e estranhamente inconceptível, que tal emplacar agora a “Lei Zé da Silva”.

                                            LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                            lincoln.consultoria@hotmail.com
                                             Advogado e Administrador de Empresas