quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Legado que não deu certo

             Infelizmente, o Brasil vem destoando das regras quando se fala em gestão pública e moralidade administrativa. É o caso da má gestão do Estado do Rio, que gerou um monstro, desorganizou as finanças que hoje tiraniza a sociedade; ocasionando um ambiente de descrédito.
            No meio desse mar de lama, o povo padece e pede socorro. Vocês querem ver um exemplo pontual: o legado das Olimpíadas e da Copa do Mundo. Seis meses depois da abertura da Olimpíada do Rio, 14 arenas envolvidas no evento estão fechadas.
            Lamento: “É uma tristeza. Agora, que tudo está pronto, o povão não pode entrar”, diz um dos seus moradores. No Parque Olímpico, coração do megaevento, o cenário é de cidade fantasma. Outro morador mais otimista manifesta-se: “É um sentimento de ressaca. Mas a esperança é que tudo volte a funcionar”.
            A desorganização das finanças do Estado do Rio chega às raias do deboche. Governos inconsequentes que tinham a perfeita consciência do mal que estavam causando. É um alento ver que alguns deles já estão pagando por seus atos.
            É o retrato perfeito da podridão política e administrativa que devastou o Estado do Rio de Janeiro. Não há carioca que não sinta justificada indignação diante dos escândalos que envolvem políticos, empresários e verbas públicas.
            Vamos encarar os fatos como gente grande. O Estado aqui suscitado está falido, mas estaria na bancarrota com ou sem Olimpíada. Por quê? Porque o problema do Brasil de modo geral nunca foi falta de dinheiro, apenas má gestão e ladroagem. Pois somos um dos países em que a contrapartida do que pagamos em imposto não é proporcional ao que recebemos em serviços. Assim deixar de sediar esse evento, jamais reverteria o dinheiro em benefício para a população.
            A continuar como está, não haverá saída para o Rio. Será preciso um governo que não se curva aos interesses corporativos e acima de tudo que seja honesto.

                        
                                     LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                     lincoln.consultoria@hotmail.com
                                         Advogado e mestre em Administração


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Cenário desafiador do emprego

            Estamos atravessando uma das piores crises econômicas de nossa história. Tá ruço, não tá? Apesar das frequentes notícias de demissões e de empresas fechando as portas, as previsões indicam que o Brasil voltará a crescer em 2017.
            Mas, para isso, você, desempregado, tem que está preparado para esse cenário desafiador que é a conquista de uma vaga no mercado do trabalho, cada vez mais concorrido e exigente. A batalha é dura, mas precisa ser travada.
            Para aqueles que desejam permanecer empregado ou trocar de emprego, você deve se tornar um bem mais valioso para a empresa do que outros colaboradores. Jamais tergiversa: seja humilde. Melhor, pareça humilde e ninguém mexerá com você, pois será covardia. Mostrar-se poderoso, haverá sempre alguém tentando desafiá-lo.
            Consultores em marketing pessoal apontam algumas dicas em direção a um futuro digno de nosso talento e as aspirações, tais como: busque uma formação acima da média; trabalhe sua embalagem; pense como se fosse o dono da empresa; atenda bem seus clientes externos e internos; quando apontar um problema, traga junto a solução; fique longe das fofocas; seja diplomático.
            Sim. Como existem mais candidatos do que vagas, então encarem essa missão com otimismo. Já dizia Dwight Eisenhower, presidente dos EUA (1953 a 1961): “O mundo pertence aos otimistas. Os pessimistas são meros espectadores”.
            Ora bem: ao ser admitido numa empresa, depois de tanta luta, seja humilde. Quando você chega a um lugar novo e pergunta como as coisas são feitas, as pessoas têm prazer em ajudar e falar tudo o que sabem. Ao contrário, quando isso não ocorre, as chances de você vir a ser boicotado são grandes.
            Está na hora, portanto, de dar um cavalo de pau nessa crise para que o cenário mude e as vagas de emprego voltem a surgir.

                                                                                                                                                                                                                   LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                      lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                                     Advogado e mestre em Administração                                                       

                

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Na contramão do emprego

Li, com muita preocupação, a súmula de uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo, recentemente datada de 25/01, onde, na prática, proibiu empresas de dispensarem trabalhadores sem justificativa. O embate está para ser travado( julgado) no STF.
Tal medida “fora da curva” gera insegurança e, em última medida, pode acabar com vagas no emprego. É uma interferência descabida do Estado num setor que deve ser privado. Vejam que absurdo: se as justificativas de que a empresa passa por dificuldades não forem aceitas, lamentavelmente ela não poderá demitir o empregado.
Pelo visto, se essa medida vier a prevalecer, a única alternativa será fechar a empresa e acabar com os postos de trabalho. Gerando prejuízos e desempregos ao País, indo de encontro o que há de mais moderno no mundo corporativo/empresarial.
Não “cola” mais. Para aqueles que acreditam em certos profetas do socialismo tropical, foi desalentador. O ministro Gilmar Mendes, sem titubear, mantendo a fleuma, reagiu à decisão do TRT-ES: “Talvez eles pudessem aproveitar e decretar a estatização de todas as empresas no Espírito Santo. Ou, ainda, poderiam conceder uma liminar que suspendesse a recessão econômica”.
Dito de outra maneira, eu afirmaria que essa decisão parece a história do Titanic, o navio afunda, mas a banda  continua a tocar esquizofrenicamente como se nada estivesse ocorrendo na atual conjuntura econômica que vem passando o Brasil: 12,3 milhões de pessoas desempregadas.
Logo, agora, que o governo se empenha em provar mudanças na legislação trabalhistas para aumentar a oferta de empregos. É imperativo que deveríamos estar empenhados em atrair novos investidores e criar o ambiente necessário para que o capital disponível no mundo venha para o Brasil.


                                  LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                   lincoln.consultoria@hotmail.com
                                      Advogado e mestre em Administração



            

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O excêntrico Trump

Depois de uma entrevista dada pelo presidente Donald Trump à imprensa, peguei uma banana na minha cozinha e sentei na escrivaninha, em frente ao computador, para redigir o presente artigo. Confesso que não tinha a mínima ideia de como começar. Eram tantas babaquices e estripulias bradadas por ele que ficou difícil mirar num ponto. Pensei até em desistir dessa proeza.
É sabido que o valor de um homem não se mede pelas suas roupas ou pelos bens que possui, o verdadeiro valor do homem é o seu caráter, suas ideias e a nobreza de suas ações. Predicados que não se identificam muito ao novo presidente dos EUA, mesmo.
Por um lapso muito breve, senti que o Trump não era mais o presidente da maior potência do mundo (militar e econômica), pedra angular da democracia. Há uma ambiguidade em tudo que ele fala. Sempre margeada por uma desconfiança, uma ansiedade quanto ao limite e à falsidade das palavras. Sua linguagem é diabólica, travestida de um nacionalismo barato, tacanho. Algo vagamente suicida e audestrutivo.
Nunca um candidato mentiu tanto. Agora, como presidente, tem assustado o mundo. Autorização para construção de um muro na fronteira com o México, revogação de acordos comerciais, leis rígidas para imigrantes, propostas de não cumprimento de acordo planetário etc e tal.
Seja como for, os americanos estão pagando pelas suas escolhas. Pois bem. O Republicano Donald Trump foi muito esperto ao capturar a raiva de grande parte do eleitorado norte-americano que se sente deixado para trás, identificado como “perdedores da globalização”. A estratégia deu certo. Os votos vieram.
Resta-nos torcer para que o excêntrico Trump se compenetre como grande estadista, da envergadura de um Abraham Lincoln, e não como o homem de negócios escusos; o aristocrata mimado; o machista burro que vê as mulheres só como objeto.


                                                      LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                      lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                       Advogado e mestre em Administração