A cada dia que passa, é mais agradável acordar em um sábado, seja um
sábado ensolarado, nublado ou até mesmo chuvoso (não importa!). Só de saber que
não temos que se deparar com as obrigações laborais, já é uma dádiva dos
deuses.
Some-se
a isso uma bela caminhada descontraída, principalmente logo pela manhã nos
primeiros salpicados raios de sol que cintilam na água azul do mar. Pois é a
forma mais simples de cuidar da saúde, a nossa riqueza maior. É boa para
aliviar as tensões do dia (que nos aguarda) e ter uma mente mais saudável para
sintonizar com as nossas ações profissionais.
Sou
adepto da
caminhada-passeio que é descontraída, lenta, contemplativa e é saudável para a
cabeça. Daí começo a imaginar o quanto a vida
real é um arco-íris, não o monótono preto e branco.
Inarredavelmente
nessa caminhada, colado à minha consorte (Socorro), caminhamos pela vida analisando
pessoas e situações, fazendo julgamentos sobre coisas e os que nos cercam.
Difícil,
às vezes, monitorar a velocidade ou ritmo dessa caminhada tranquila perante os outros
“caminheiros”, sem que não possa escutar indevidamente os seus segredos, os
seus murmúrios, as suas queixas, os seus lamentos etc.
Se seus
amigos não te ouvem? Está se sentindo só? Não tem companhia para dar uma
caminhada? Ora, seus problemas acabaram! Depois do personal trainer e do
personal stylist, um novo profissional batizado com o prefixo em inglês chega
ao mercado para atender aos solitários de plantão: o personal friend (amigo de
aluguel). Avise: não é de graça, paga-se!
Hoje,
em tempos modernos: estresse, trânsito, correria, insegurança, colesterol,
triglicérides etc.; o que verdadeiramente incomoda é ser gordo, careca,
baixinho, burro ou feio. Um monte de dinheiro só vai acrescentar o sufixo
“rico” a estes perfis então citados. Pode até remendar alguns problemas, mas
uma conversa interessante ou abdome sarado sempre terá mais popularidade junto à sua cobiçada
clientela.
Perguntaram
ao Dalai Lama: “O que mais te surpreende na humanidade?”. E ele
respondeu: “Os homens. Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois
perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro,
esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o
presente nem o futuro. E vivem como se nunca fosse morrer e morrem
com o se nunca tivessem vivido”.
Ademais,
se o seu “aborrescente” anda aborrecido e aborrecendo além da conta, talvez
seja o caso de procurar ajudar através de uma boa... boa... muito boa
caminhada!!!
Assim é
o fascínio que essa atividade física nos traz, além da saúde, captando emoções
e se deixando contagiar, e que o resto vá para a tonga da mironga do
kabuletê.
Advogado, administrador e escritor.