segunda-feira, 7 de março de 2022

Batendo o Ponto

 

            Peço licença aos nossos leitores para registrar o lançamento do meu mais novo livro “Batendo o Ponto”, impresso pela Editora Ideia, e já pode ser encontrado na Livraria do Luiz.

            A referida obra trata-se de textos compilados e adaptados a partir dos meus comentários apresentados diariamente nas redes sociais.

            O título “Batendo o Ponto” é mais sugestivo pelo fato de os tais textos terem sido publicados no primeiro raio de Sol da manhã, atestando, assim, que o prazer à leitura é sempre uma boa companhia para começar o dia com energia e disposição.

            As reflexões não seguem, necessariamente, a ordem em que elas foram publicadas, conectando sempre o texto à imagem, através das charges do talentoso Regis Soares.

            É valido ressaltar que tive como matéria-prima, para produzir tal livro, textos consubstanciados na memória, nos sonhos e, principalmente, na observação direta do cotidiano, no qual brotam os pequenos prazeres e preocupações, onde se revela a experiência humana.

            Quando me perguntaram por que decidi escrever para o público em geral, através de livros, artigos e crônicas, normalmente respondo: foi para desopilar o fígado e a cabeça! Pois não sobrevivo (rendimentos) desse honroso mister.

            Sempre estou atento para enaltecer a importância do livro, que tem uma missão relevante neste mundo disperso. Uma batalha desigual, porém, apaixonante. Livros são um abrigo para atual crise espiritual e intelectual. Um raro espaço de absoluta privacidade, sem algoritmo, sem duvidosos termos de acesso.

            A causa para quem escreve é sempre nobre. Tenho a escrita como uma coisa prazerosa. Nada de obrigação e estroinice. Como diz o verso de Castro Alves, bendito o que semeia livros à mão-cheia.

            Vosmecê, leitor, confesso que não faço deste livro um sumário descritivo do que penso a respeito da nossa vida, política e social. Muito ao contrário, procuro nele sumarizar a liberdade da consciência e do pensamento evolutivo que tenho sobre o que acontece por este mundo afora.

            Gosto de sair, sim, dessa barafunda do mundo real – complicada. Afastar de tudo um pouco, notadamente dessa vida meio batidinha. Cheia de mimimi. Há, nisso, uma razão cultural: temos pouca coisa a ver com os outros, não nos lemos, não nos conhecemos, não nos olhamos.

            Decerto, meto o bedelho e comento: todos somos criminosos da omissão, minha sentença, a sua sentença, é de que somos cúmplices. A partir do momento que nós (eleitores) não sabemos dar o voto a quem devidamente merece.

            Se depender deste escriba, vou continuar escrevendo e trabalhando. Como diria o humorista Ary Toledo: afinal de contas, eu tenho o governo para sustentar.

            Hoje, já cheguei àquela máxima: a vida não é sobre o que a gente junta, mas o que espalhamos. E o livro não deixa de ser um bom exemplo.

            Espero que gostem de ler o livro tanto quanto eu gostei de escrevê-lo.

                                          LINCOLN CARTAXO DE LIRA