Peço
licença aos nossos leitores para registrar o lançamento do meu mais novo livro
“Batendo o Ponto”, impresso pela Editora Ideia, e já pode ser encontrado na
Livraria do Luiz.
A referida obra trata-se de textos
compilados e adaptados a partir dos meus comentários apresentados diariamente
nas redes sociais.
O título “Batendo o Ponto” é mais
sugestivo pelo fato de os tais textos terem sido publicados no primeiro raio de
Sol da manhã, atestando, assim, que o prazer à leitura é sempre uma boa
companhia para começar o dia com energia e disposição.
As reflexões não seguem,
necessariamente, a ordem em que elas foram publicadas, conectando sempre o
texto à imagem, através das charges do talentoso Regis Soares.
É valido ressaltar que tive como
matéria-prima, para produzir tal livro, textos consubstanciados na memória, nos
sonhos e, principalmente, na observação direta do cotidiano, no qual brotam os
pequenos prazeres e preocupações, onde se revela a experiência humana.
Quando me perguntaram por que decidi
escrever para o público em geral, através de livros, artigos e crônicas,
normalmente respondo: foi para desopilar o fígado e a cabeça! Pois não
sobrevivo (rendimentos) desse honroso mister.
Sempre estou atento para enaltecer a
importância do livro, que tem uma missão relevante neste mundo disperso. Uma
batalha desigual, porém, apaixonante. Livros são um abrigo para atual crise
espiritual e intelectual. Um raro espaço de absoluta privacidade, sem algoritmo,
sem duvidosos termos de acesso.
A causa para quem escreve é sempre nobre.
Tenho a escrita como uma coisa prazerosa. Nada de obrigação e estroinice. Como
diz o verso de Castro Alves, bendito o que semeia livros à mão-cheia.
Vosmecê, leitor, confesso que não
faço deste livro um sumário descritivo do que penso a respeito da nossa vida,
política e social. Muito ao contrário, procuro nele sumarizar a liberdade da
consciência e do pensamento evolutivo que tenho sobre o que acontece por este
mundo afora.
Gosto de sair, sim, dessa barafunda
do mundo real – complicada. Afastar de tudo um pouco, notadamente dessa vida
meio batidinha. Cheia de mimimi. Há, nisso, uma razão cultural: temos pouca
coisa a ver com os outros, não nos lemos, não nos conhecemos, não nos olhamos.
Decerto, meto o bedelho e comento:
todos somos criminosos da omissão, minha sentença, a sua sentença, é de que
somos cúmplices. A partir do momento que nós (eleitores) não sabemos dar o voto
a quem devidamente merece.
Se depender deste escriba, vou
continuar escrevendo e trabalhando. Como diria o humorista Ary Toledo: afinal
de contas, eu tenho o governo para sustentar.
Hoje, já cheguei àquela máxima: a
vida não é sobre o que a gente junta, mas o que espalhamos. E o livro não deixa
de ser um bom exemplo.
Espero que gostem de ler o livro tanto quanto eu gostei de escrevê-lo.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA