Uma
visita a Cuba é uma espécie de viagem no tempo. Por causa dos prédios art déco
ou dos carros antigos, principalmente da Ford e da Chevrolet. Além disso, é uma
nação pacífica e estável, com belezas naturais e arquitetônicas excepcionais.
Olhando adiante, observa-se que Cuba
tem um alto nível de educação científica e cultural. O país desfruta de um
sistema gratuito de saúde, o que explica a baixa mortalidade infantil, a alta
esperança de vida e o fim de doenças tropicais. A segurança social é
abrangente, e a delinquência, mínima. Pois é considerado um país mais seguro do
mundo. O importante: as drogas não são um problema nacional.
Na prática e no grosso, o maior
problema de Cuba é ainda a falta da oferta de empregos. “Que adiante um alto
grau de instrução e não termos remuneração decorrente desse conhecimento”,
assim me foi revelado por um contabilista quando lá estive em 2015.
Fiquei deslumbrado com a frota de
carros (décadas de 50 e 60) desse país. Quem usa carro é gente que tem dinheiro
ou taxista. Praticamente todo mundo que tem um é mecânico – eles sabem montar e
desmontar o próprio carro. Conseguem aproveitar peças de outro veículo ou
fabricá-las.
No passado, Cuba oferecia aos EUA
recursos, lindas praias, uma música universal, rum, tabacos e belas mulheres.
Serviu de centro de prazer para seus militares e mafiosos, proprietários de
importantes hotéis e cassinos, onde proliferaram drogas.
Infelizmente, agora, Donalt Trump
reverte o pouco obtido com Barack Obama ao introduzir medidas que visam
asfixiar definitivamente tal país. Não consigo enxergar atitude desse estadunidense.
Ele tem que ver a situação cubana igual como ela é, não por um robô, um
aspirador apenas ideológico, mas por um observador atento, sensível,
inteligente.
Vejam só: Cuba atualmente é um
desastre econômico mas existem chances de tempos melhores. Não nos iludamos.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em
Administração