Fiquei
a monologar: puxa! Ainda sinto com muito pesar a despedida desse grande
profissional da imprensa. Com sua partida, deixa o ilustre jornalista uma
lacuna a ser preenchida no jornal nacional.
Ele sempre teve meu profundo
respeito pela pluralidade, pela maneira equilibrada e pela atitude
desassombrada de ver o mundo. Um jornalista destemido e autêntico que nunca se
curvou diante do interesse dos poderosos.
Pinço aqui, entre tantas, uma
declaração da ex-senadora Ana Amélia sobre o seu papel na imprensa: “A morte do
jornalista Ricardo Boechat silencia uma das vozes mais importantes da crítica
contundente e responsável do jornalismo brasileiro. Inteligente, inquieto e com
uma forma inconfundível na comunicação com os ouvintes e telespectadores.
Broechat brilhava sempre”.
Era um defensor intransigente da
verdade e do cidadão de bem, crítico de uma sociedade marcada pela corrupção.
Jamais mercadejou suas ideias. Ninguém escapava da sua verve afiada e pontiaguda.
Por isso, virou símbolo, o máximo de excelência.
Ouvi-lo e/ou assisti-lo era um
momento para refletir sobre os nossos males tupininquis que ele tanto combatia.
Tinha capacidade de bater no ponto certo, sem utilizar malabarismos retóricos.
Realista e irônico, seus comentários tinham conteúdo, longe do populismo barato
ou desconexão com a realidade.
É. Boechat deixará imensa saudade em
nossos corações. Perde-se uma das vozes mais influentes, combativas e ativas da
televisão e do rádio brasileiro. Dando voz ao povo com sua crítica corajosa,
direta e simples. Ao mesmo tempo, passava bondade e doçura àqueles à sua volta,
à família e aos colegas colaboradores. Seu nome, sim, ficará gravado na
história da imprensa nacional.
Com certeza: Ricardo Boechat ficará
guardado no cantinho de memória das boas coisas deste Brasil. E toca o barco!