terça-feira, 25 de junho de 2019

Parque Ecológico Sanhauá


            Cada vez mais acirrada a disputa pelo turismo impõe aos destinos a necessidade de criar facilidades e estratégias ainda mais agressivas na captação desse público.
            Temos que estender um tapete vermelho para o visitante. Cativá-lo, fazer de tudo para que ele viva experiências inesquecíveis, fale bem da cidade de João Pessoa, difunda a beleza das imagens desta querida terra nas redes sociais e volte.
            Foi com essa percepção que levou o prefeito Luciano Cartaxo a idealizar o Parque Ecológico Sanhauá, cuja obra orçada em R$ 11,6 milhões, compreendendo uma área de preservação permanente de 193.000 m², que será completamente recuperada. O novo espaço da Capital contará com praça, mirante, elevador panorâmico, passarela elevada sobre o mangue, ciclovias, calçadas requalificadas e estacionamento com 80 vagas.
            Além do moderno citado espaço público, a prefeitura vai transferir, deste local, 124 famílias para o Residencial Saturnino de Brito (em fase de conclusão), composto por 400 apartamentos, dos quais, uma parte será destinada a receber essas famílias, oferecendo-as um lar digno e livre da área de risco. 
            Será um exercício inglório não reconhecer esse grande projeto arquitetônico e urbanístico. Mas, infelizmente, tem gente que - por picuinha político-ideológica e de um vergonhoso populismo de causar arrepios - tenta, a todo custo, barrar essa extraordinária obra pública. Tipo de escárnio intolerável. Pura maldade, claro.
            Priorizar o bem comum, o coletivo, o lugar do individual e do privado, cuidar de quem cuida, reduzir desigualdades, executar programas de desenvolvimento social e econômico, tem sido, para mim, a marca da atual gestão municipal na busca da construção das políticas públicas a favor da cidade de João Pessoa.
            Eis o corolário desse raciocínio: o gestor público para ser bem sucedido, tem que ter alma, tem que ter sonho.
           
                                        LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                         lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                  Advogado e mestre em Administração
               

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Boa comida (I)


            O leitor vai me permitir continuar falando sobre o meu artigo anterior. Até para matar ainda a curiosidade de quem é apreciador da boa comida.
            Uma coisa que abomino é qualquer traço de preconceito na escolha de um determinado restaurante. Vai mais pela sua aparência da instalação física (que não deixa de ter o seu quesito de importância) do que pelo atendimento e pela própria comida. Sujeitando até a enfrentar uma tremenda fila, por longas horas, só pelo o instinto da vaidade de frequentar um restaurante badalado.
            Vejo que o culto aos restaurantes chiques e chefs estrelados, diante da crise econômico-financeira que ora atravessa o nosso País, não está tão em alta. Dando assim oportunidade no aquecimento a outros estabelecimentos gastronômicos mais modestos, cujo foco é servir a boa comida simples, gostosa e barata.
            O restaurante de beira de estrada que visitei recentemente, numa viagem que fiz ao Recife, constatei bem essa realidade. Além da comida simples e caseira, destaco o bom atendimento que faz atrair a sua clientela. Um agradinho aqui, outro acolá.
            Como já disse, o referido local é muito simples, nada de majestoso e bonito, no atendimento estava uma mocinha, acredito filha da dona do restaurante, de cabelo coberto com a touca branca de cozinheira e com sorriso solto, me abordou: “Senhor, fique a vontade. Aqui não tem balança. Só na carne que se tem direito a dois pedaços”.
            Observei ainda que nesse restaurante tão modesto não se vê aquele frenesi de celulares durante a refeição, como costumeiramente ocorre nos restaurantes chiques, mas, sim, uma clientela desfrutando o prazer da comida e da comunicação com os companheiros da mesa.
            Neste mundo de Deus há espaço para todos os negócios. Tem que driblar a mesmice e se reinventar, e nós, como clientes, temos que valorizar quem merece – sem preconceitos.


                                                LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                 lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                           Advogado e mestre em Administração


terça-feira, 4 de junho de 2019

Boa comida


            O tempo também urge quando se trata de compromisso que não podemos adiar e nem sequer chegar atrasado. Foi um desses compromissos que tenho semanalmente ao Recife que fui obrigado, em razão do horário (agenda), a almoçar rapidamente num daqueles restaurantes de beira de estrada.
            Não sei se posso chamar de restaurante ou barraca. Só sei que é tudo simples. E uma coisa que me chamou atenção foi que, enfrente a esse “estabelecimento”, se formava uma fila de caminhoneiros estacionados. Um bom sinal. Olhei de lado para o meu motorista e falei: “Devemos engolir a vergonha, e vamos comer aqui”.
            Como já evidenciei, o lugar é modesto demais. Para se sentar, só em banco de madeira grosseiramente fixado. Não existem paredes, nem tampouco energia. A coberta foi construída com resto de madeira, zinco e papelão. As mesas espalhadas pelo salão de chão sem piso, apenas em terra batida com argila. Destaque: encima de cada mesa uma garrafa “pet de 2 litros” cheia de água, quase congelada (grátis). Como se fosse decoração.
            Nossa! O mictório improvisado funciona ao lado do restaurante, em um pequeno quadrado, cercado por uma lona preta já bem surrada. Para quem se encontra em apuros/aperreios urinários, qualquer lugar está bom, né?
            Interessante, eu já comi em lugares toscos, mas esse é, de fato, um autêntico: restaurante de caminhoneiros. Quando me sentei, olhei em volta e percebi que eu e o meu motorista éramos os únicos “não caminhoneiro” do lugar. O “buffet” servido em panelas de barro, cuja cardápio (anunciado em voz alta) está na raiz da nossa cultura gastronômica. Pense que maravilha, que comida gostosa.
            Desde já, peço desculpas ao crítico da arte culinária, e chego à conclusão que a solução pro excesso de frescura que nos ronda é a boa comida simples e caseira, tudo quentinho e saboroso. E o precinho, ó!


                                                 LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                  lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                                      Advogado e mestre em Administração