Olha, mais do
que nunca, precisamos mudar o mundo. Não se trata apenas de um simples clichê, mas de uma realidade cada vez mais presente entre nós, infelizmente.
Digo isso, a partir de um vídeo,
duração de 8 minutos, onde mostra como uma tartaruga sofre enquanto os biólogos
retiram uma das narinas um canudo de plástico de mais de 10 cm de comprimento. O
fato ocorreu no litoral da Costa Rica, no Oceano Pacífico. Calou fundo. Uma
cena triste e revoltante!
Tal vídeo teve repercussão em todo
mundo. A exposição do salvamento do animal foi com a intenção de mostrar o
quanto o nosso lixo é prejudicial para a vida marinha e quanto sofrimento ele
causa aos animais desse habitat. Já que os oceanos recebem milhões de toneladas
desse tipo de resíduos.
É consumada bobagem, ou melhor, é desperdício
de energia querer “desinfetar” o nosso planeta sem ter a consciência devida de
nossas ações, pela ignorância que abunda. Não estamos aqui para demonizar as
indústrias de plásticos, mas sim, conscientizá-las do mal que elas estão
provocando ao meio ambiente, ao nosso futuro.
A solução já existe: plástico
biodegradável. O material lembra o polímero sintético tradicional, tanto pela
consistência quanto por ser transparente. A diferença é que o plástico comum
leva cerca de 500 anos para se decompor, enquanto o bioplástico se degrada em
doze semanas, caso esteja em contato com o solo. Na água, a decomposição exige
um pouco mais de tempo.
A publicação norte-americana Science
Advances divulgou outro dado alarmante: apenas 9% de todo o plástico fabricado
na Terra é reciclado. O resto acaba incinerado quando chega aos lixões. Mas há uma
parcela que, descartada à beira dos rios ou na praia, termina nos oceanos, já que
o vento leva esses dejetos para as águas.
Diante desse diagnóstico nefasto,
somente pessoas sem um pingo de boa vontade parecem não perceber o mal que
estão fazendo à natureza.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre
em Administração