Goste-se
ou não, a citada reforma se torna necessária para melhorar a qualidade do
serviço público oferecido ao País. Não podemos ser cego a realidade. Não há
relato de brasileiros contentes com o tamanho da conta que paga pelo que
recebem em troca.
O
texto da Reforma Administrativa está para chegar ao Congresso e a discussão
começar. Aos troncos e barrancos haverá resistência da classe política, dos
grupos corporativos e setores do próprio governo. Mesmo com a principal
mensagem de que os atuais funcionários não serão atingidos, apesar da previsão
de alteração no regime de avaliação e promoção.
De
acordo com Paulo Guedes, cerca de um terço dos funcionários públicos federais
está a caminho da aposentaria nos próximos quatro anos. Com ajuda da
tecnologia, a ideia é não substituí-los. Será deixado para trás vícios
corporativos que incluem a complacência com os improdutivos e incompetentes. O
cara que entrar no Serviço Público daqui pra frente vai ter três anos de
estágio probatório, depois sete anos de contrato. Se não for exemplar, será
demitido.
As
reformas econômicas e administrativas são condições necessárias para que o
Brasil aspire entrar no grupo dos países de renda alta, baixa pobreza e baixa
desigualdade. Convém sempre lembrar que estamos em águas revoltas, mas
promissoras. Estabilizamos nosso navio. Temos direção e ventos favoráveis.
Perdemos o medo de caras feias e ameaças. E marcamos posições. Equilíbrio e
diálogo, somados a reformas internas que completem as já feitas e em curso,
conduzem-nos ao crescimento de 2,7% a 3% em 2020 e superior a 3,5% em 2021.
Está
evidente que é um problema a ser resolvido rapidamente, mas que não compromete
o essencial: a luz está logo à frente. Depois de tanta escuridão, não vamos
fraquejar logo agora. Reconhecendo que a transformação de um país leva tempo.
Como uma obra de engenharia, ela é feita tijolo a tijolo, em um processo que
exige paciência e resiliência.
Pretendo
voltar ao assunto.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado
e mestre em Administração