Quando
ouvi o noticiário sobre a prisão do senador petista, Delcídio do Amaral, o
poderoso líder do governo, fez-me lembrar a conhecida expressão “farinha do
mesmo saco”. Ou uma lembrança dita de outra forma: mais um trapaceiro do PT
elevado à segunda potência.
Peço desculpas, mas meu cérebro
encharcado de notícias ruins já não suporta mais a institucionalização do
gangsterismo instalado neste País. O fato é: o Brasil está paralisado com os
escândalos, a economia está à deriva, o ministro da Fazenda é desmoralizado
diariamente, a certeza ainda da impunidade faz com que o jogo político esteja
acima dos interesses da nação.
Essa ocorrência escandalosa e
repulsiva, por sua vez, parece indicar que a hegemonia política do PT está
chegando ao fim, corrompendo a esperança de milhões de pessoas. Sem falar da
traição as belas ideias da aurora da vida de muitos companheiros (as).
Acreditar nessa gente, ainda que por
breves instantes, é desmantelar o próprio celebro. Tudo isso lastimável: é
grotesco. Não creio se quer que valha a pena continuar rezando na cartilha
doutrinária do PT.
Qualquer observador atento vai
confirmar que o PT está desprezado e humilhado – virou pilhéria. O partido é
acusado de inventor e gestor do maior esquema de corrupção que já se viu neste
País, que apostou na lentidão da Justiça como garantia de sua eterna e
tranquilíssima impunidade.
Um surto de esquizofrenia tomou
conta dos representantes petistas. Há erros, maquinações e corruptos por todos
os lados. E seu líder maior, Sr.Luiz Inácio Lula da Silva, continua seguro e com
a certeza de voltar a ser presidente da República com a mesma estampa de
reformador democrático, legalista e paladino da moralidade e dos bons costumes.
Para meu espanto, indisfarçável a
essa altura da vida, não me conforma com a ideia do fim do PT. O partido de
grandes lutas e inspirações tenha sido reduzido a saldo bancário. Já não possui
o charme, o encanto e a credibilidade. Nem mesmo àquele que o dedicou o melhor
de sua vida, não acredita mais nele.
A
velha estrela do PT perdeu o seu brilho. Já não existe mais aquele partido que
soube mesclar virtude cívica e combatividade social, que teve a virtude de
combinar causas universais com mobilização sindical e que, acima de tudo, tinha
como ideário o respeito incondicional à coisa pública.
Enfim, a utopia do PT se perdeu, se
acabou.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre
em Administração