sábado, 24 de fevereiro de 2024

O Brasil que eu quero

 

Dias atrás, acordei sobressaltado de madrugada, com o sentimento (transe) de estar passando um vídeo para a televisão sobre o “Brasil que eu quero”. Olha, foi um verdadeiro frenesi, uma excitação em querer dizer tanto coisa ao mesmo tempo sobre os nossos anseios nacionais, atualmente tão moribundos.

Depois caí na real e pus fim ao embaraço. Mesmo alheio à minha vontade, devido ao avançado da hora, comecei então a refletir sobre o “Brasil que queremos para o futuro”. Ora, não é preciso reinventar a roda, queremos apenas uma sociedade justa e igualitária, onde todos tenham direito à saúde, à educação, à alimentação e à segurança.

Queremos ainda um País onde os nossos mares e rios não sejam poluídos, onde os políticos cumpram com suas promessas. Um País livre da violência. Uma economia estabilizada de pleno emprego. Um País preocupado com o meio-ambiente. Todos juntos lutando pela paz, uma paz que não restringe à classe, à cor, ou à cultura.

 No Google ou qualquer livro minimamente razo vai ver quanto descaso, quanta indiferença, quanto desrespeito ao nosso Brasil tão mal-amado. A cada dia assistimos ao suicídio de um imenso país, de forma aviltante, covarde e canalha. Levando-o ao colapso econômico e moral. Panorama sóbrio que fez com que quase 65 mil empresas fechassem as portas, só em 2016, segundo o IBGE. Cujo desemprego chegou à marca de quase 14 milhões. Ocorre que a indignação pode ter lá seu efeito anestésico, mas a anestesia uma hora passa.

É importante ressaltar que, não por acaso, a saúde foi uma das maiores preocupações dos mais de 50 mil cidadãos que mandaram vídeos dizendo que Brasil eles querem para o futuro (fonte: Jornal Nacional). Não é para menos. Basta ver as filas nos hospitais ocasionadas pela má gestão de leitos do SUS. Somando os gastos públicos obrigatórios com saúde, o Brasil gasta menos de 4% do PIB. Muito menos do que Reino Unido, Canadá e França, que também têm sistemas universais de saúde e uma população muito menor do que a brasileira.

Aqui, mesmo sem bola de cristal, eu arriscaria afirmar que o tempo da demagogia se esgotou. E que o Brasil que queremos, só vai depender de nós, eleitor brasileiro.

 

 

                          LINCOLN CARTAXO DE LIRA

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