sábado, 20 de maio de 2023

Manipulação digital

 

             Já escrevi sobre o assunto, um ano e pouco atrás. Se volto ao tema é porque se liga a outro (do qual tratarei agora).

            A manipulação digital é bem comum em diversos tipos de trabalho, desde o jornalismo, passando pelas artes, até a publicidade. É notório que a criação do Photoshop foi uma verdadeira evolução no mercado fotográfico. A facilidade com que o programa edita imagens é o motivo de toda a sua popularidade.

            Por isso, a mim, que adoro esse tipo de leitura (marketing digital), causa espécie ver essa prática ser difundida sem nenhum critério e, tampouco, as consequências dessa atitude.

            Uma pergunta se impõe: até que ponto a manipulação é aceitável? Diante de diversos impactos que alterações em imagem podem causar, aonde é que a ética se encontra?

            Apesar desse lado ferramental útil do Photoshop, o que não foi possível prever era um lado mais obscuro, em que a manipulação de imagens pudesse causar muitos impactos negativos no mercado e na sociedade.

            O problema começa a acontecer quando notícias e fotos manipuladas começam a ser feitos com o intuito de manipular a opinião pública. Algo que deveria indignar, mas parece causar um secreto gozo.

            É preciso ter em mente que as Fake News existem com o objetivo de manipular o público, distorcendo fatos e fotos para que pareçam verdade e, dessa forma, destroem reputações e criam força baseadas na mentira.

            Ora, quando falamos em publicidade, a discussão se torna um pouco mais polêmica faz parte de uma intenção de vendas e promoção de um produto ou marca, cuja manipulação digital visa persuadir, enganar o consumidor.

            Em razão dos impactos que o mau uso da manipulação digital oferece, há um Projeto de Lei em trâmite no Brasil, que obriga a identificação de retoques digitais de modelos em campanhas publicitárias.

            Exagero? Acredito que não. Nada de ser panfletário. A ideia é que as campanhas tenham mais transparências e avisem as pessoas consumidoras sobre possíveis manipulações digitais nas fotos publicitárias.

            Achei ótimo e tem lógica. Outros países já adotaram medidas como essa, como a França e a Noruega. Em ambos países as campanhas são obrigadas a colocar um aviso nas fotos que sofreram alterações ou qualquer tipo de manipulação. Obrigando, por exemplo, apresentarem tarja com a frase “silhueta retocada”.

            Para terminar, como um modesto “escritor de coisas miúdas”, sempre contestei essa prática (manipulação digital) enganosa e distorcida.

            Ih! Isso tem nome, meu chapa. Sacanagem!

 

 

                                         LINCOLN CARTAXO DE LIRA

           

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