sábado, 1 de janeiro de 2011

A verdadeira felicidade


                                        
Qualquer pessoa que tem um mínimo de inteligência, um pouquinho de percepção, um pontinho de experiência sabe que todos nós temos direito a felicidade, não sofrimento. Não nascemos para o fracasso. Somos candidatos naturais a uma vida feliz, plena de sonhos e realizações.
Num mix de pensamentos, reflexões pessoais e verdades científicas ao longo de uma série de conversas, o Dalai-Lama disse, com seu jeito simples de explicar coisas complicadas, que a felicidade não é um luxo, mas o propósito de nossa existência.
Tá certo! Como corolário, é essencial não confundir felicidade com prazer. O prazer é a festa dos sentidos e pode se parecer com a felicidade, mas carece de significado. A felicidade, em contraste, repousa sobre o significado. Ela é estável e persistente, enquanto o prazer é simplesmente um bônus da vida.
Ao ensejo, nesta época de Boas Festas, conforta-me a lembrança da história, enviada (via e-mail) por um velho amigo, sobre “o pescador e o banqueiro”. Pois bem.  Após conhecer as habilidades do pescador, o banqueiro de investimento americano perguntou-lhe: “Por que não gasta mais tempo e tira mais pescado?”
O pescador disse que tinha o suficiente para satisfazer as necessidades imediatas da sua família.
Volveu o americano: “Mas que faz você com o resto do seu tempo?”
O pescador afirma: “Depois de pescar, descanso um pouco, brinco com os meus filhos na companhia da minha mulher, vou ao povoado à noite, onde tomo vinho e toco guitarra com meus amigos”.
O americano replicou: “Sou um especialista em gestão e poderia ajudá-lo. Você deveria investir mais do seu tempo na pesca e adquirir um barco maior. Em seguida sairia deste pequeno povoado rumo à capital, donde geriria a sua empresa em expansão”.
O pescador perguntou-lhe: “Mas quanto tempo demoraria isso? “
O americano respondeu: “Entre 15 a 20 anos”. “E depois?”, indagou o pescador.
Diz o americano: “Você ficará rico, terá milhões!”
“Milhões... e depois?” tornou o pescador.
Aí o americano assevera: “Poderá então retirar-se. Vai para um povoado da costa, onde pode dormir até tarde, pescar um pouco, brincar com os seus filhos na companhia da mulher, ir todas às noites ao povoado tomar vinho e tocar guitarra com os seus amigos”.
Sem tergiversar, responde o pescador: “Por acaso isso não é o que já tenho?”
Conclusão: Quantas vidas se desperdiçam buscando alcançar felicidade que já se tem, mas que muitas vezes não vemos.
Feliz Natal!


                                                    LINCOLN CARTAXO DE LIRA

Um comentário:

  1. Quantas pessoas fazem isso com as suas vidas e nem percebemos! Ótimo texto!

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