Atualmente, com recrudescimento da violência nos grandes centros urbanos, urge superar esta situação caótica e demonstrar que um outro mundo é possível. Não com o simples truque da REDUÇÃO DA IDADE PENAL, como sugere os nossos parlamentares já tão desgastados moralmente, que procuram desesperadamente recuperar às suas imagens diante da opinião pública, aproveitando a ocorrência dos últimos assassinatos praticados por adolescentes e jovens.
Chega de verborragia. Aumentar a população prisional, num sistema reconhecidamente falido, é tornar essa gente piores e gerar ainda mais criminalidade no país.
É necessário, sim, acabar com precariedade dos serviços públicos, através de ações preventivas, reformulação das polícias e do sistema penitenciário, como também, melhoria das casas de internação de adolescentes infratores, da reforma do Código Penal e do Código de Processo Penal.
Eis que é inequívoco e verossímil o fato de que a enorme desigualdade social brasileira, com amplos contingentes de miseráveis sem perspectivas de melhorias é que leva essas crianças já nascerem condenadas à prostituição e ao narcotráfico.
Pobreza e marginalidade costumam estar freqüentemente ligadas. Tirando-se algumas exceções, os marginalizados são pobres; porém nem todos os pobres incluem-se na condição de marginalidade. Daí, um perfeito ambiente social para a criminalidade.
É preciso garantir oportunidades, perspectivas e um futuro digno para as nossas crianças, e não, simplesmente cárceres, sem qualquer chance de recuperação e reinserção na sociedade.
O resto, é desperdício de energia, tentando entender o que não pode ser compreendido.
Enfim, adverte o provérbio: “Eduque a criança e não será necessário castigar o adulto”.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
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