Ficar desempregado é uma tragédia. O
pior que nos pode acontecer e, no fundo, aquilo que sempre imaginamos que só
acontece aos outros. Estar sem um emprego significa depender dos outros, e leva
ao medo de ficar sem um teto, sem comida, sem vida social, sem uma expectativa
de vida sequer.
É sombrio o cenário traçado na
primeira reunião entre o presidente interino Michel Temer e as centrais
sindicais. Uma previsão do ministro Henrique Meirelles chamou atenção: o desemprego
no Brasil deve chegar a 14% neste ano. De acordo com o IBGE, no primeiro
trimestre, a taxa chegou a 10,9%. Isso representa 11,1 milhões de
trabalhadores.
Toda essa chatice de números é para
mostrar o quanto o brasileiro está desgarrado. Situação decorrente da política
econômica desastrosa da presidente Dilma que foi de “fracasso em fracasso”,
como no samba de Antônio Maria. Mesmo com todos os alertas, ela tomou decisões
equivocadas, gastou mais do que devia, trouxe a inflação de volta e destruiu as
finanças do País.
É bom lembrar: o deputado Eduardo
Cunha, apesar do seu afastamento pelo STF, ainda continua o dono do pedaço - na época
- avaliou a administração de Dilma de forma cirúrgica e, ao mesmo tempo,
irônica: “Esse governo é mais ou menos uma avião quando cai. Não cai por um
motivo só. O piloto está num mal dia, passa mal, tem falha mecânica, falha de
planejamento, a comunicação com as torres está errada”.
Continuar desqualificar as nossas
instituições, através das declarações de Dilma e seus seguidores, apenas cria
insegurança entre aqueles que potencialmente poderiam investir no País e gerar
empregos. Temos que dar crédito para a gestão Temer, porque estamos no mesmo
barco. Se der certo, chegaremos a um ótimo porto. Se der errado, afundaremos
todos juntos. Alguns remédios para enfrentar essa situação são amargos e
indispensáveis, infelizmente.
Tem mais. É importante mostrar ao mundo que
nós somos, além de país do futebol, uma nação em construção, com enormes
recursos humanos e materiais para despontar no futuro bem próximo. E acabar de
vez com essa mania descabida de ser um patriota idiota e desesperançoso.
Nessa atmosfera, é preciso trazer
esperança como verbo e não apenas como substantivo. Logo, o verbo esperançar é
ir atrás, buscar, ter persistência, ter resistência, mas, sobretudo, ter
energia para se movimentar na direção daquilo que se deseja.
É preciso esperançar, principalmente
o desempregado.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado
e mestre em Administração
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