Há
50 anos, a seleção brasileira se classificava para o Mundial de 1970, em
seguida conquistando definitivamente a taça Jules Rimet, com um time
fantástico, considerado até hoje, como o melhor de todos os tempos.
Ainda no ano de 1969, o homem desceu
na Lua, artistas geniais faziam músicas belíssimas a cada semana, a nefasta
ditadura continuava presente no País. Ufa, foi também a data que cheguei a João
Pessoa para estudar e morar juntamente com a minha família. Abastecido com a
força descomunal dos meus sonhos e da minha fé cristã. Numa vontade que
misturava coragem e perseverança.
Pois a cidade de Cajazeiras, donde eu
vim, foi o berço da minha criação católica e quando criança amava a Igreja.
Adorava ir à missa, fascinado por aquele teatro todo – o figurino, as velas, o
incenso, as palavras em latim, as cores diferente para cada época: o roxo no
Advento, o branco no Natal, o vermelho no Pentecostes. Gostava dos cantos e de
como todo mundo se abraçava no final.
Mais a lembrança marcante mesmo
dessa data foi o festival de Woodstock, ocorrido em uma fazenda em Bethel, Nova
York, que eu assisti tempos depois no cinema Cine Éden, em Cajazeiras, foi um
sucesso musical e cultural. Transformando-se em dos eventos mais significativos
do século 20. Foram três dias de música.
Acreditem: quatrocentas mil pessoas
estiveram lá, e poucos incidentes graves foram registrados. Mas a menos de um
mês para o concerto ao ar livre que reuniria 32 atrações e um número estimado
de 200 mil pessoa, o palco ainda não havia sido montado.
Choveu boa parte do tempo, assim
como por quase todos os dias de festival. Comida, atendimento médico e
banheiros, por exemplo, eram problemas monstruosos, que foram milagrosamente
resolvidos na base do improviso.
Olhando-se para trás, o mundo
nunca mais teve três dias tão sortudos como aqueles.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e
mestre em Administração
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