Era
o esperado. O resultado não poderia ser pior pra Lula. Foi irretocável a
conduta dos desembargadores que lhe impuseram a condenação em segunda instância,
aumentando à pena. Os votos foram substanciosos e consistentes, e não deram
margem a dúvidas: Lula usou do seu poder para benefício próprio e
enriquecimento ilícito.
Sua condenação nos remete à situação
de um campeão mundial que acaba de ir à lona após receber um cruzado de
direita. A chance derradeira de o petista se erguer da lona e continuar na
luta, é remota, quase nula. Agora, é esfriar a cabeça e pedir perdão ao povo
brasileiro.
Sobram evidências na peça
condenatória de que suas relações com os grandes empreiteiros feriram, na
hipótese mais branda, a ética republicana. Não prosperou o mantra repetido à
exaustão por Lula e seus seguidores de que não há provas contra ele, e sim,
perseguição política. De fato, a acusação contra Lula não apresentou o que
vulgarmente é chamado de “batom da cueca”, mas isso é frequente em casos de
corrupção de altas autoridades.
A verdade, em português claro, é que
o Brasil não precisa de Lula. Se cair fora da vida política, não fará falta
nenhuma. Ele não inventou a corrupção, mas aperfeiçoou a níveis inimagináveis,
fazendo com que não tivesse adversários à altura em praticamente todas as áreas
de poder do País.
Mas não é só isso. Os míopes
seguidores de Lula esbravejam que no caso Brahma – um dos seus codinomes
revelados nas delações premiadas – não venha disputar a eleição presidencial
deste ano, eles vão apontar ao surrado artifício retórico a um “golpe”,
associando ao impeachment de Dilma Rousseff. Ora, tenham paciência!
Termino com um saber consagrado: a
Justiça foi feita! Apesar de todas as tentativas de colocar o clichê de
politização do processo, ao final prevaleceu o critério jurídico, ou seja, os
fatos.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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