Que baita constrangimento! Esse é o
sentimento do cidadão brasileiro ao testemunhar o espetáculo absurdo e
deprimente protagonizado pelos ministros, Gilmar Mendes e Lewandowski, na nossa
Suprema Corte.
Fiquei a monologar: cruz credo!
Inacreditável que esse barraco tenha ocorrido na mais alta corte do Brasil.
Principalmente agora em que a nossa população encontra-se atônita, perplexa e
desesperançada num país à deriva e à esperança de que algo aconteça. A verdade
é que não dá para criar atalhos sobre esse tema.
A situação, em referência, azedou
quando Gilmar rebateu a provocação, dizendo que é Lewandowski quem adota
posições “heterodoxas”, como teria feito no Senado (a votação fatiada). “Basta ver
o que V.Exª. fez no Senado”, disse Gilmar. “Basta ver o que V.Exª. faz
diariamente nos jornais”, respondeu Lewandowski. “Faço, inclusive, para reparar
os absurdos que V.Exª. faz”, replicou Gilmar. Por sua vez, Lewandowski diz “Por
favor, me esqueça”. E por aí vai...
Beira o ridículo ao falar nisso. É
desarrazoado, diante de um quadro tão desrespeitoso. A vaidade e a verborragia
deles são latentes. Onde se gaba de suas virtudes e feitos. Um comportamento
indigno e aviltante.
Às favas com o bom-mocismo! Nada
justifica tal atitude. A ironia fina, elegante e respeitosa, por exemplo, é
admissível durante uma sessão de julgamento. Descabido mesmo, porque
desqualifica e fere essa liturgia, é o deboche, por si só escrachado.
Todos nós precisamos mudar nossas
práticas, até os ministros do STF, se quisermos ver o Brasil melhor. Não dá
para aceitar uma situação como essa. Seria pueril imaginar que isso não esteja
acontecendo.
Infelizmente, nos últimos anos, em
nosso STF, salvo algumas exceções, que está mais para um palco de vaidades do
que para um grupo de reconhecido saber jurídico.
Espero que mau-exemplo não esteja
educando.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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