Observo que as pessoas vítimas da
violência se sentem vazias e se acham menores, algo trágico aconteceu com elas
e a bússola ficou doidinha. Um autêntico beco sem saída. Fruto da incúria dos
gestores públicos.
A verdade é que a cultura da
violência desgraçadamente está virando a matéria-prima perversa do povo
brasileiro. Neste contexto adverso, comentam alguns articulistas, que o
Congresso Nacional está em cima do muro, o governo está atrás do muro e o
Supremo está atrás do governo.
É preciso analisar com profundidade
o que está causando tanta violência no Brasil. Ora, é tanta coisa que fico até
encabulado de apontar a lista de mazelas. Falta policiamento ostensivo. Falta
preparo desses policiais. Falta iluminação pública. Falta a presença do Estado
nas favelas. Falta preparo nas investigações policiais. Falta rigor da Justiça.
Falta um combate mais eficaz e social em relação ao usuário de drogas. Falta
melhorar o sistema penitenciário.
Falta ainda planejamento familiar para evitar
paternidade e maternidade aos 14 ou 16 anos. Falta de vontade política para acabar com a
desigualdade social. Faltam creches para bebês serem assistidos com carinho e
as mães poderem trabalhar. E a lista continua. Porém, uma imperdoável, a falta
de Educação - um dos caminhos (julgo o mais importante) para reverter essa
terrível situação.
É preciso, como diria o jornalista Alexandre
Garcia, formar professores de excelência e atraí-los com remuneração alta.
Escola não é brincadeira. Não é passa tempo. Não é depósito de criança porque
os pais estão trabalhando. É o lugar mais importante de um país sério.
Como
sempre digo: estamos em voo cego. O sistema de nossa segurança está
esfarinhando. O risco é, qualquer dia desses, aparecer um sujeito e rouba a noiva,
na beira do altar. Aí não será mais uma piada no Brasil. A piada será o próprio
Brasil.
Temos
que tomar providências urgentes para não deixarmos criar um Estado Islâmico no
Brasil. Algumas autoridades responsáveis pela segurança mostram está agindo
como aquele covarde ex-capitão italiano que abandonou seu navio, à deriva.
Visto
assim, sem lupa, é preciso ter consciência de que a banalização do mal é
característica de cultura órfã de pensamento crítico, de juízo ético e responsável.
A vida não está nada fácil para o povo brasileiro. Em vários flancos, ela vive
aquela situação de se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. O brasileiro
não quer perder o otimismo, que ver uma luz no fim do túnel. Lamentável é que
ele não está vendo.
Pois
bem. A sociedade pede segurança, pede mudança, um novo Brasil pede passagem e
este caminho tem que ser trilhado para a felicidade de todos.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado
e mestre em Administração
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