segunda-feira, 8 de junho de 2015

O drama da violência

            Observo que as pessoas vítimas da violência se sentem vazias e se acham menores, algo trágico aconteceu com elas e a bússola ficou doidinha. Um autêntico beco sem saída. Fruto da incúria dos gestores públicos.
            A verdade é que a cultura da violência desgraçadamente está virando a matéria-prima perversa do povo brasileiro. Neste contexto adverso, comentam alguns articulistas, que o Congresso Nacional está em cima do muro, o governo está atrás do muro e o Supremo está atrás do governo.
            É preciso analisar com profundidade o que está causando tanta violência no Brasil. Ora, é tanta coisa que fico até encabulado de apontar a lista de mazelas. Falta policiamento ostensivo. Falta preparo desses policiais. Falta iluminação pública. Falta a presença do Estado nas favelas. Falta preparo nas investigações policiais. Falta rigor da Justiça. Falta um combate mais eficaz e social em relação ao usuário de drogas. Falta melhorar o sistema penitenciário.
 Falta ainda planejamento familiar para evitar paternidade e maternidade aos 14 ou 16 anos.  Falta de vontade política para acabar com a desigualdade social. Faltam creches para bebês serem assistidos com carinho e as mães poderem trabalhar. E a lista continua. Porém, uma imperdoável, a falta de Educação - um dos caminhos (julgo o mais importante) para reverter essa terrível situação.
 É preciso, como diria o jornalista Alexandre Garcia, formar professores de excelência e atraí-los com remuneração alta. Escola não é brincadeira. Não é passa tempo. Não é depósito de criança porque os pais estão trabalhando. É o lugar mais importante de um país sério.
Como sempre digo: estamos em voo cego. O sistema de nossa segurança está esfarinhando. O risco é, qualquer dia desses, aparecer um sujeito e rouba a noiva, na beira do altar. Aí não será mais uma piada no Brasil. A piada será o próprio Brasil.
Temos que tomar providências urgentes para não deixarmos criar um Estado Islâmico no Brasil. Algumas autoridades responsáveis pela segurança mostram está agindo como aquele covarde ex-capitão italiano que abandonou seu navio, à deriva.
Visto assim, sem lupa, é preciso ter consciência de que a banalização do mal é característica de cultura órfã de pensamento crítico, de juízo ético e responsável. A vida não está nada fácil para o povo brasileiro. Em vários flancos, ela vive aquela situação de se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. O brasileiro não quer perder o otimismo, que ver uma luz no fim do túnel. Lamentável é que ele não está vendo.
Pois bem. A sociedade pede segurança, pede mudança, um novo Brasil pede passagem e este caminho tem que ser trilhado para a felicidade de todos.


                                                               LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                               lincoln.consultoria@hotmail.com

                                                                    Advogado e mestre em Administração

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