segunda-feira, 2 de junho de 2014

Descrença nos políticos

       Temos que reconhecer, isso já não é mais novidade, que o Estado da Paraíba padece de projetos estruturantes para alavancar o seu desenvolvimento. Como forma, assim, de diminuir as suas desigualdades sociais – que são gritantes!
            Por que digo isso? Vamos lá. Ora, para atingir essa meta de desenvolvimento, faz-se necessário buscar ações que maximizam valores para a sociedade, com o ordenamento urbano; equilíbrio da infraestrutura social; atração de novos investimentos para adensamento das cadeias produtivas; qualificação da mão de obra; entre outras.
            A bem da verdade (perdoem-me se eu estiver enganado) os nossos representantes políticos nunca batalharam com afinco para superar os percalços impostos ao desenvolvimento paraibano. Há mil razões para isso, porém, destacaria: as brigas paroquiais, os interesses particulares e a falta de espírito de “paraibanidade”, calcada, evidentemente, em um falso pedagogismo político.
            O danado é quando chega o processo de disputa eleitoral, os políticos, sejam eles futuros parlamentares ou gestores executivos, começam a apontar, com uma capacidade descomunal, todas as deficiências e as soluções que o nosso Estado tanto agoniza e suplica. Tudo demagogia, claro. Tem mais: os políticos têm consciência desse tirocínio, de que a mentira viaja de Ferrari, enquanto a verdade vai a lombo de jegue. E aí... se aproveitam da situação!
            É isso. Às vezes tenho a impressão de que o Brasil, e particularmente a Paraíba, está em transe, para lembrar o genial Glauber Rocha. É só conversar com qualquer um na rua, taxista, segurança, lojista, feirante, dona de casa, que você ouvirá o que as pesquisas detectam: insatisfação com a classe política. Um forte sentimento de apatia, ojeriza, descrença.
            Acredito na democracia. Pois o melhor modo de resolver tudo aquilo que tem contribuído para o clima negativo são as instituições democráticas. E a imprensa, por sua vez, tem o papel de desvendar as causas e os responsáveis pelos problemas para que possamos escolher melhor nossos representantes. É por meio do voto que cada um de nós tem a obrigação de transmitir o recado a nossa classe política.
            Ademais, tenho uma visão, no fundo, que é de otimismo: não há problema neste planeta que o homem não consiga resolver se realmente quiser fazer a coisa.
            Ao fim e ao cabo, a minha responsabilidade para mudar isso, é uma só: votar consciente, apesar da descrença nos políticos.


                                                        LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                        lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                          Advogado e Mestre em Administração
             

                        

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