Temos
que reconhecer, isso já não é mais novidade, que o Estado da Paraíba padece de
projetos estruturantes para alavancar o seu desenvolvimento. Como forma, assim,
de diminuir as suas desigualdades sociais – que são gritantes!
Por que digo isso? Vamos lá. Ora, para
atingir essa meta de desenvolvimento, faz-se necessário buscar ações que
maximizam valores para a sociedade, com o ordenamento urbano; equilíbrio da infraestrutura
social; atração de novos investimentos para adensamento das cadeias produtivas;
qualificação da mão de obra; entre outras.
A bem da verdade (perdoem-me se eu
estiver enganado) os nossos representantes políticos nunca batalharam com
afinco para superar os percalços impostos ao desenvolvimento paraibano. Há mil
razões para isso, porém, destacaria: as brigas paroquiais, os interesses
particulares e a falta de espírito de “paraibanidade”, calcada, evidentemente,
em um falso pedagogismo político.
O danado é quando chega o processo
de disputa eleitoral, os políticos, sejam eles futuros parlamentares ou
gestores executivos, começam a apontar, com uma capacidade descomunal, todas as
deficiências e as soluções que o nosso Estado tanto agoniza e suplica. Tudo
demagogia, claro. Tem mais: os políticos têm consciência desse tirocínio, de que
a mentira viaja de Ferrari, enquanto a verdade vai a lombo de jegue. E aí... se
aproveitam da situação!
É isso. Às vezes tenho a impressão
de que o Brasil, e particularmente a Paraíba, está em transe, para lembrar o
genial Glauber Rocha. É só conversar com qualquer um na rua, taxista,
segurança, lojista, feirante, dona de casa, que você ouvirá o que as pesquisas
detectam: insatisfação com a classe política. Um forte sentimento de apatia,
ojeriza, descrença.
Acredito na democracia. Pois o
melhor modo de resolver tudo aquilo que tem contribuído para o clima negativo
são as instituições democráticas. E a imprensa, por sua vez, tem o papel de
desvendar as causas e os responsáveis pelos problemas para que possamos
escolher melhor nossos representantes. É por meio do voto que cada um de nós
tem a obrigação de transmitir o recado a nossa classe política.
Ademais, tenho uma visão, no fundo,
que é de otimismo: não há problema neste planeta que o homem não consiga
resolver se realmente quiser fazer a coisa.
Ao fim e ao cabo, a minha
responsabilidade para mudar isso, é uma só: votar consciente, apesar da
descrença nos políticos.
LINCOLN
CARTAXO DE LIRA
Advogado
e Mestre em Administração
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