quinta-feira, 20 de julho de 2023

Mudança de hábitos

 

            Ultimamente, tenho lutado contra a balança para me manter na melhor forma possível. Para isso, já como sexagenário, precisei dar um passo à frente e dizer: epa, pera lá, chega!

            Não pretendo, com certeza, me escravizar a uma rotina diária, a uma atividade física exaustiva, mas adotando uma dieta controlada e qualificada. Simples assim.

            Bom. Até agora, o resultado tem sido promissor. Além de perder peso, tenho controlado a minha pressão cardíaca. Caramba, estou suspirando de alegria.

            Isso se faz necessário para me manter saudável, a fim de alcançar meus objetivos, com fé, esperança, coragem, força, resiliência e trabalho.

            Não é demais lembrar que para alguns chegarem lá, há um Everest a ser escalado. Mas isso não é um problemão. Com o avanço da idade, aprendi que a vida só é dura para quem é mole.

            A frase não é minha, mas traduz o que penso: transforme em hábitos que o cérebro faz o resto.

            A capacidade de mudar velhos hábitos e atitudes reflete o nosso grau de flexibilidade que indica o nosso nível de saúde mental. Quanto mais inflexível, maior será o tempo de reação a situações novas, criando profundos transtornos para nós.

            Nessa linha, a disciplina é fundamental da aquisição de novos hábitos e do abandono de antigos.

            É aquela coisa: se não se cuidar, o cara vai ser atropelado pela jamanta da realidade. E ainda ficará zonzo para ver o número da placa.

            Ora, ora, emagrecer, começar a malhar, juntar dinheiro e acordar cedo são promessas que muita gente não vai cumprir. Porém, é possível introduzir novos hábitos em nossa rotina.

            A questão é que precisamos mantê-los por tempo suficiente para que eles se tornem automáticos. A partir daí, o nosso cérebro vai querer repetir os hábitos novos assim como repetia os antigos.

            Tal estratégia está no best-seller “O Poder do Hábito: Por que Fazemos o que Fazemos na Vida e nos Negócios” (Editora Objetiva), em que o jornalista americano Charles Duhigg conta as últimas descobertas sobre o tema. Uma delas é que rotina é algo muito mais arraigado do que se imagina. Comparecer na academia não é só uma questão, mas de programação cerebral.

            Nossos costumes estão literalmente gravados em nossos neurônios – e continuarão voltando, mesmo reprimidos, até que você grave comportamentos novos por cima.

            Essa é a boa notícia: se você insistir o suficiente, pode transformar qualquer coisa em um hábito. Ao trocar um doce por uma fruta, a televisão pela leitura de um livro, a madrugada pela manhã ou a cama pela academia, por exemplo, chegará uma hora em que a opção antiga nem será considerada.

            Portanto, disciplina. Não basta apenas mudar seus hábitos – é preciso manter a mudança até seus neurônios se acostumarem com essa nova realidade.

                                        LINCOLN CARTAXO DE LIRA

 

           

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