Recentemente,
assisti o documentário sobre Machu Picchu (Peru), produzido pela TV Record,
retratando a história cultural e a beleza deste fascinante lugar. Remetendo-me
a um turbilhão de emoções quando eu lá estive em 2015.
É preciso viajar um bocado pelo mundo para se dar
conta de que Aristóteles estava certo ao citar a fraseologia: “É natural no ser
humano o desejo de conhecer”. Melhor ainda repetir, de vez enquanto, a prece de
Maomé: “Senhor, mostra-me as coisas como são”.
Pois bem. O povo inca não era uma
raça, mas uma casta de gente inteligente. Essa foi a definição mais perfeita que
extraí do nosso guia turístico, Ronaldo, na viagem que fiz à encantadora cidade
de Machu Picchu, em 2015.
Isso mesmo! O Império Inca era
formado por pessoas com alto conhecimento na astronomia, na engenharia, na
física, na arquitetura, na agricultura, na arte, na organização política e por
aí vai.
Antes de conhecer a cidade mágica de
Machu Picchu - encontrada pelo professor e antropólogo norte-americano Hiran
Bingham, em 1911 - fiz parada noutra cidade, também sedutora, chamada Cusco, a
capital histórica do Peru ou mais conhecida como a capital do Império Inca. De
acordo com alguns arqueólogos, ela começou a ser povoada a partir de 3.000 a.C.
Lá está reunido o que tem de melhor da civilização inca: museus, igrejas,
praças e a impressionante construção do Vale Sagrado.
Depois viajei de trem para Águas
Calientes. No dia seguinte, parti para Machu Picchu, objetivo maior do meu
roteiro. O dia estava esplêndido, o céu azul e o sol brilhante, o termômetro
marcava 31º. A ansiedade era tamanha que o coração pulava dentro do peito. A
cada patamar uma visão maravilhosa deste local incrível.
Mesmo me agachando e amarrando os
cadarços dos meus tênis, eu não tirava os olhos dessa beleza arquitetônica.
Desencadeou em mim àquele sentimento de missão cumprida. Um sonho alcançado,
após ter planejado várias vezes, mas sempre adiado.
Observando calmo e longamente aquele
cenário de tirar o fôlego, literalmente o pensamento voava, enquanto eu
imaginava o que deveria ter sido tudo aquilo. Quem planejou? Quantos homens
foram necessários para construir? Como eram as pessoas que ali viveram? Seus
hábitos e costumes?
Com seus olhos brilhando e sua
fisionomia compenetrada, o nosso guia falava que essa cidade mística teria sido
um local para recolhimento do Inca (o soberano), dos seus conselheiros, dos sábios
e dos sacerdotes, para discutirem os destinos do Império. Detalhe: eles tinham
adoração consagrada ao sol, à água e à mãe terra.
Aí está, resumindo muito, a história dessa lendária cidade que, em 2007, foi eleita com uma das “Sete Novas Maravilhas do Mundo” e é considerada “Patrimônio Mundial da Unesco”.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Nenhum comentário:
Postar um comentário