Já
escrevi sobre o assunto, um ano e pouco atrás. Se volto ao tema é porque se
liga a outro (do qual tratarei agora).
A manipulação digital é bem comum em
diversos tipos de trabalho, desde o jornalismo, passando pelas artes, até a
publicidade. É notório que a criação do Photoshop foi uma verdadeira evolução
no mercado fotográfico. A facilidade com que o programa edita imagens é o
motivo de toda a sua popularidade.
Por isso, a mim, que adoro esse tipo
de leitura (marketing digital), causa espécie ver essa prática ser difundida
sem nenhum critério e, tampouco, as consequências dessa atitude.
Uma pergunta se impõe: até que ponto
a manipulação é aceitável? Diante de diversos impactos que alterações em imagem
podem causar, aonde é que a ética se encontra?
Apesar desse lado ferramental útil
do Photoshop, o que não foi possível prever era um lado mais obscuro, em que a
manipulação de imagens pudesse causar muitos impactos negativos no mercado e na
sociedade.
O problema começa a acontecer quando
notícias e fotos manipuladas começam a ser feitos com o intuito de manipular a
opinião pública. Algo que deveria indignar, mas parece causar um secreto gozo.
É preciso ter em mente que as Fake
News existem com o objetivo de manipular o público, distorcendo fatos e fotos
para que pareçam verdade e, dessa forma, destroem reputações e criam força
baseadas na mentira.
Ora, quando falamos em publicidade,
a discussão se torna um pouco mais polêmica faz parte de uma intenção de vendas
e promoção de um produto ou marca, cuja manipulação digital visa persuadir,
enganar o consumidor.
Em razão dos impactos que o mau uso
da manipulação digital oferece, há um Projeto de Lei em trâmite no Brasil, que
obriga a identificação de retoques digitais de modelos em campanhas
publicitárias.
Exagero? Acredito que não. Nada de
ser panfletário. A ideia é que as campanhas tenham mais transparências e avisem
as pessoas consumidoras sobre possíveis manipulações digitais nas fotos
publicitárias.
Achei ótimo e tem lógica. Outros
países já adotaram medidas como essa, como a França e a Noruega. Em ambos
países as campanhas são obrigadas a colocar um aviso nas fotos que sofreram
alterações ou qualquer tipo de manipulação. Obrigando, por exemplo,
apresentarem tarja com a frase “silhueta retocada”.
Para terminar, como um modesto
“escritor de coisas miúdas”, sempre contestei essa prática (manipulação
digital) enganosa e distorcida.
Ih! Isso tem nome, meu chapa. Sacanagem!
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
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