domingo, 18 de junho de 2023

Flagrantes Literários

 

           Esse foi o título do meu livro lançado em 2015, coincidindo com a passagem de meu aniversário (60 anos). É uma coletânea de 354 artigos e crônicas publicadas (2007 a 2015) em alguns jornais de nosso Estado, notadamente no saudoso e conceituado periódico Correio da Paraíba.

O livro caracteriza-se pelo jorro de tiradas esculhambativas, irônicas, críticas e permeadas de citação sobre pessoas, política e cultura. Nada de pieguice romântica.

            Tenho dito, sempre, que escrevo para desopilar. Sair um pouco dessa barafunda do mundo real. Afastar-me de tudo um pouco, principalmente dessa vida meio batidinha. E foi justamente na escrita que encontrei a maneira de me desvencilhar das coisas. Interessante: quanto mais leio, convenço-me de que não sei de nada.

            Quiçá um acréscimo de leveza e esmero das palavras que o talento de um bom escritor muitas vezes me falta. Nem por isso me deixa frustrado e tampouco careta. Apenas não me alinho à loucura pela loucura, ao ego pelo ego, ao poder de “seduzir” pelo “seduzir”.

            Sem dó e sem piedade, achincalho aqueles que usam o povo (miserável e ignorante) como massa de manobra. Motivo não nos falta. O Brasil é uma “Suécia” de malfeitores, o triunfo do fisiologismo, da negociata, da brincadeira escancarada com os recursos do contribuinte e com as necessidades do cidadão. E aviso: não é “complexo de vira-lata”. É a realidade crua, sem blábláblá.

            Registro, no citado livro, que no mundo dos negócios, para se abrir uma empresa, não basta ter só dinheiro, é preciso criatividade e foco. Você não pode ser ginecologista e tarado ao mesmo tempo, como diz o publicitário Nizan Guanaes. Lembre-se que é impossível! Mas lembre-se também que nessa vida somos todos parecidos e ninguém vale mais nem menos, um tostão.

            Em pensamentos mil, falo que não existe cosmético para beleza do que a felicidade. A essência da vida é a renovação. Todos precisam de novos ares, outros horizontes. Não esquecemos que Deus nos deu um verdadeiro arsenal de guerra, com armas poderosas, tais como: a fé, a perseverança, a esperança, o otimismo e o louvor.

            A vida nunca é como gostaríamos que fosse, mas acredito profundamente que podemos sempre partir da realidade, seja ela fácil ou difícil, alegre ou triste, e tentar fazer mais e melhor. Pois é. A vida é tão curta. E tão bela. E às vezes, triste. Estar vivo é um luxo. Minha infância foi lá longe entre sonhos derretidos. O mais tem sido uma batalha.

            Por tudo o que fica dito ao longo das páginas desse livro, tivesse a possibilidade de resumir numa fraseologia sobre a vida, diria: decida-se a viver com paixão, sem ela nada de grande se consegue.

                                                            LINCOLN CARTAXO DE LIRA

                                                                    

                                                                                               

           

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