Esse foi
o título do meu livro lançado em 2015, coincidindo com a passagem de meu
aniversário (60 anos). É uma coletânea de 354 artigos e crônicas publicadas
(2007 a 2015) em alguns jornais de nosso Estado, notadamente no saudoso e
conceituado periódico Correio da Paraíba.
O
livro caracteriza-se pelo jorro de tiradas esculhambativas, irônicas, críticas
e permeadas de citação sobre pessoas, política e cultura. Nada de pieguice
romântica.
Tenho dito, sempre, que escrevo para
desopilar. Sair um pouco dessa barafunda do mundo real. Afastar-me de tudo um
pouco, principalmente dessa vida meio batidinha. E foi justamente na escrita
que encontrei a maneira de me desvencilhar das coisas. Interessante: quanto
mais leio, convenço-me de que não sei de nada.
Quiçá um acréscimo de leveza e
esmero das palavras que o talento de um bom escritor muitas vezes me falta. Nem
por isso me deixa frustrado e tampouco careta. Apenas não me alinho à loucura
pela loucura, ao ego pelo ego, ao poder de “seduzir” pelo “seduzir”.
Sem dó e sem piedade, achincalho
aqueles que usam o povo (miserável e ignorante) como massa de manobra. Motivo
não nos falta. O Brasil é uma “Suécia” de malfeitores, o triunfo do fisiologismo,
da negociata, da brincadeira escancarada com os recursos do contribuinte e com
as necessidades do cidadão. E aviso: não é “complexo de vira-lata”. É a
realidade crua, sem blábláblá.
Registro, no citado livro, que no
mundo dos negócios, para se abrir uma empresa, não basta ter só dinheiro, é
preciso criatividade e foco. Você não pode ser ginecologista e tarado ao mesmo
tempo, como diz o publicitário Nizan Guanaes. Lembre-se que é impossível! Mas
lembre-se também que nessa vida somos todos parecidos e ninguém vale mais nem
menos, um tostão.
Em pensamentos mil, falo que não
existe cosmético para beleza do que a felicidade. A essência da vida é a
renovação. Todos precisam de novos ares, outros horizontes. Não esquecemos que
Deus nos deu um verdadeiro arsenal de guerra, com armas poderosas, tais como: a
fé, a perseverança, a esperança, o otimismo e o louvor.
A vida nunca é como gostaríamos que
fosse, mas acredito profundamente que podemos sempre partir da realidade, seja
ela fácil ou difícil, alegre ou triste, e tentar fazer mais e melhor. Pois é. A
vida é tão curta. E tão bela. E às vezes, triste. Estar vivo é um luxo. Minha
infância foi lá longe entre sonhos derretidos. O mais tem sido uma batalha.
Por tudo o que fica dito ao longo
das páginas desse livro, tivesse a possibilidade de resumir numa fraseologia
sobre a vida, diria: decida-se a viver com paixão, sem ela nada de grande se
consegue.
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