Dia
desses presencie vários empregados da ENERGISA retirando alguns fios das
avenidas de nossa querida cidade. Serviço este que há tempo já deveria ter sido
feito. Eu fico indignado, e muito intrigado.
Para ser sincero. Muito pouco (ou
nada) está sendo feito. Soltam aos olhos... São toneladas de fios que continuam
enfeando a nossa João Pessoa. Tudo pelo abandono e pelo escrúpulo interesse
financeiro. Tá lá: símbolo máximo do descaso. Ignora os tempos modernos.
Fico tiririca quando saio para a rua
com os fios quase arriando na minha cabeça. E começo a observar os postes.
Você, leitor, já percebeu a quantidade de postes sustentando a fiação? É uma
coisa vergonhosa. De aparência desagradável impossível.
Eis que, por razões que fogem à
razão, é preciso que o poder público tome as devidas providências, obrigando as
concessionárias de serviços de energia elétrica e de telecomunicação a
removerem fios, cabos e equipamentos instalados irregularmente em locais
públicos.
Tá ruço! Precisam pensar em resolver
esse problema. Do jeito que está, não dá mais. Confesso, estou estupefato. Virou
até chacota. Beirou o deboche.
Até onde vamos chegar? A resposta
honesta seria, no mínimo, “é, estão pisando na bola”.
Ora, pois bem: muitas cidades pelo
mundo afora já aboliram os emaranhados de fios. Além da questão estética que
confere um visual urbanístico mais agradável às cidades, a fiação subterrânea
evita problemas de descarga na rede elétrica, diminui os apagões nos bairros e
reduz riscos de queda de raios.
Cidades que já visitei como
Barcelona, Londres, Paris e Washington são citadas com frequência por engenheiros
e arquitetos como exemplos de cidades que enterraram praticamente toda sua
fiação.
Detalhe: o sistema subterrâneo é
mais duradouro e, em longo prazo, acaba sendo economicamente mais viável. Isso
acontece porque os custos com reparos chegam a ser até 80% menores do que na
rede aérea, exigindo menos substituição de cabos e consertos mais espaçados.
Em Santa Catarina, onde está
localizada a matriz da WEG, várias cidades já deram início – mesmo que em
pequena porcentagem – à instalação de redes subterrâneas. É o caso de
Florianópolis, Joinville, São José e Lages.
Estranho que até agora não apareceu
algum universitário que se preocupasse em fazer uma tese de mestrado ou
doutorado sobre os fios? Algum candidato à Presidência República colocasse no
seu programa de governo o definitivo fim dos fios?
Ainda
aguardo!
Ah, só uma coisinha. Se não
encararem essa situação com a seriedade devida, poderá ocorrer um dia o
curto-circuito e acabar com tudo. Uma espécie de Bomba de fios. Todos se
enforcam na correria.
Epa, fim de espaço.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
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