Estou
escrevendo esta crônica na segunda-feira de manhã, depois de ter chegado de
viagem da cidade de Adelaide (Austrália), do outro lado do mundo, onde fui
conhecer pessoalmente as minhas netinhas gêmeas, Isabella e Bianca. Agora com
oito meses. Nossa, que alegria! Apesar da distância que nos separa, o amor que
sinto por elas nos une. Milagre da vida.
De volta ao Brasil, ainda no avião,
fiquei imaginando escrever sobre esse encontro magistral, familiar e infantil.
Falo sério, foi inesquecível. Acreditem: meu coração amoleceu. Deus do céu -
pensei -, existe algo mais sublime que os netos? Digo de cátedra, o presente
mais valioso que eu poderia ter ganhado na vida é de ter me tornado avô. O
prazer e a vontade (continuar) de viver, de sonhar e de fazer.
Olha, confesso que ser avô é uma
coisa doce. Neto é uma alegria, um orgulho, um renascer. Quem sabe, para o
poeta, uma questão inspiradora, de rima. A função do avô é essa, né? Encher os
netos de carinho e mimar o máximo que puder. Como diria um amigo “Es la vida”.
Voltamos ao encontro. Grandes horas,
grandes prazeres, pequenas lágrimas, pequenos saltos. Estava literalmente nas
nuvens. Vontade de conversar e de contar tudo-tudo tudo, não sei o quê, mas que
estava, estava. Vontade de chorar e rir ao mesmo tempo. Bateu fundo, muito
fundo, no meu forte (quiçá, já frágil) sentimento.
Durante a madrugada acordei com
chorinho leve de umas delas, Bianca. Cheguei ao seu quarto de fininho, com
muito cuidado, naquela noite calma e silenciosa, a removo do berço e,
incontinente, coloco a chupeta na sua boca. Sentando-se na beira da cama. Aí ela para de chorar. Mesmo na penumbra, não
tirava os olhos da minha barba (branca), como que já sonhasse com o seu futuro
Papai Noel. Na emoção, viajei pelas páginas da vida desse mundo fantástico –
centelha divina.
Vou “ficando” por aqui. Porque vou
acabar chorando. Coisa de Avô!
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e
mestre em Administração
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