terça-feira, 31 de março de 2020

Chega de pânico!


            Na semana passada escrevi sobre a pandemia do coronavírus, e nesta semana escrevo de novo. Agora não sobre a estatística, que continua a ser preocupante, no Brasil, e não estarrecedora como alardeiam por aí.
            O filósofo grego Sócrates disse que a única coisa pior que a ignorância é a ilusão do conhecimento. Há muitas doenças que matam, muito mais do que esta, mas hoje nenhuma é tão perigosa  como o Covid-19, porque ela mata não apenas a vida, ela tem o poder de matar a alegria e o amor, porque vem associado ao medo.
            É, portanto, uma enorme miopia afirmar que o coronavírus é o fim do mundo e, tampouco, fazer cara de passagem ou até de festinha para o que está ocorrendo com essa pandemia. É tempo de prudência, não de pânico. De ciência, não de estigma. De fato, não de medo. É preciso mudar a chave. É preciso bom senso, artigo raro hoje em dia.
            Apesar de classificação como pandemia, a situação é controlável. Podemos diminuir as transmissões, prevenir infecções e salvar vidas. Para isso, será necessária a adoção de ações pessoais, conjuntamente, com ações do Poder Público. Como? Implementando estratégias eficazes de contenção, ativando e reforçando sistemas de resposta a emergências, aumentando significativamente a capacidade de testar e tratar os pacientes, preparando os hospitais, garantindo que tenha espaço, recursos e pessoal.
            Já são visíveis os impactos na economia, em razão do combate desenfreado ao coronavírus. A realidade é que a recessão econômica resulta em mortes ou alguém acha que o fato de países mais ricos terem mais expectativas de vida é mera coincidência?
            O colapso da economia configura a falta de dinheiro para investir em saneamento básico, em policiamento, em atenção básica à saúde e até em UTIs. Sem falar da quebradeira de empresas que leva consigo o desemprego e a escassez de dinheiro (impostos) para impulsionar a máquina estatal.
            Estamos juntos, mas que a cura não pode ser maior que o problema.


                                                LINCOLN CARTAXO DE IRA
                                               lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                          Advogado e mestre em Administração

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