Pormenores
merecem registros. É que o ladrão continua ladrão, o corrupto, corrupto, e o
assassino, assassino, ainda que o juiz fale com o promotor. Elementar. Uma
eventual nulidade num processo não retira a mácula do réu, máximo no aspecto moral,
mesmo pela justificativa por vício de natureza técnica.
Lamentavelmente, boa parte da mídia,
sob diversos pontos de vista, está criticando (sei lá: inveja e/ou represália)
esse grande brasileiro chamado Sérgio Moro por um eventual deslize cometido
quando exercia a função de magistrado. Diante da tarefa que ele comandou contra
diabólica corrupção, essas críticas são ridículas. Qual outro que teve a
coragem de enfrentar a corrupção e a banda podre da política?
Aliás, onde estão o combinado, o
conluio, a trama ardilosa e vil entre os procuradores e juiz? Onde estão os
diálogos que revelam alguma prova forjada em processo judicial? Ou alguma
combinação com instâncias superiores? Há? Não há. Do contrário, o Brasil voltaria
a ser a república de bananas que acreditamos estar superada.
O trabalho feito por Moro, quando
era juiz da operação Lava Jato, teve o seu reconhecimento no mundo todo por ter
revelado a “promiscuidade do poder”, prendendo principalmente os bandidos de
“colarinho branco”. Transformando-o como ícone no combate à corrupção no País.
Não sei porque, as revelações
trazidas ilegalmente pelo The Intercept Brasil, me fez lembrar por um instante
a “Quinta” sinfonia de Beethoven, a mais conhecida do planeta, com as quatro
pancadas iniciais: tchan-tchan-tchan-tchaaan! Como se esse toque musical fosse
o resplandecer, o êxtase pela liberdade de todos os corruptos e parceiros.
Ainda bem que foi só pura imaginação.
O Moro pode ter diminuído de
tamanho, mas, segundo a pesquisa da consultoria Atlas Político, ainda é o
agente político mais popular do País, e a Lava Jato segue com apoio e
credibilidade.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
Nenhum comentário:
Postar um comentário