Vou
pegar carona, surfar na crítica certeira feita pelo o ex-empresário Delir João
Milanezi, quando diz, em alto e bom som, que a melhor venda que fizemos na
Pisoforte, foi a da empresa. Chega de sindicato, de ações trabalhistas esdrúxulas,
de fiscais do ministério do trabalho, da fazenda estadual, da receita federal,
do CREA, do CRQ, do CRA, da Fatma, dos bombeiros, da Prefeitura, do capeta et
cetera.
Ainda que cauteloso nas palavras,
porém com sua proverbial ironia e bom humor, confessa que agora, é só ir à CEF
ver quanto rendeu a aplicação, torcendo para que os juros aumentem, e
aproveitar o tempo para viajar. Infelizmente, neste país, empresário é taxado
como safado ou sonegador.
Para evitar esse tipo de situação
acabrunhante, mais do que nunca, é necessário que ocorra a reforma da
previdência, da tributária, das privatizações para melhorar o ambiente de
negócios, de uma agenda que resgate a estabilidade e a confiança sem
sobressaltos. Acabando, assim, com o clima de paralisação que atingem os
pequenos negócios às grandes empreiteiras.
Hoje, a legislação vigente, além
sobrecarregar as classes menos favorecidas da população, frequentemente
representa um trave para o desenvolvimento dos empresários e micro
empreendedores. A reforma tributária
figura entre os principais itens da agenda de prioridade do governo. O Brasil
ocupa o segundo lugar em participação das receitas tributárias no PIB (32%) em
comparação a países da América Latina, da OCDE e grandes mercados emergentes. A
Argentina é o único país que arrecada mais impostos que o Brasil.
Espera-se que os políticos e os
técnicos do governo não percam de vista o objetivo principal da reforma: um
sistema tributário mais simples, menos oneroso e, portanto, mais eficaz, que
arrecade as receitas que o Estado precisa, mas sem sobrecarregar o setor
privado.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre
em Administração
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