Com
o aumento da longevidade, ser velho não tem de ser algo depreciativo, pois
estamos chegando às idades avançadas de uma forma diferente: por serem mais
seguros e corajosos e por terem credibilidade, mais tranquilidade, liberdade e
respeito.
Ressaltando, hoje em dia, que eles
têm feito parte do dia a dia de muitos dos que passaram dos 60 anos, e olha que
no Brasil já são mais de 30 milhões, segundo o IBGE.
Um
bom exemplo dessa compreensão é Helena Schargel, de 79 anos, no palco de um
auditório lotado em São Paulo, ela desamarra o cinto de vestido preto, despe-o
e caminha pelo tablado só de calcinha, sutiã e tênis, sob aplausos, durante 35
segundo.
Helena, estilista e chef, é uma
mulher à frente do seu tempo. Quando se propôs ser a garota-propaganda de uma
linha de lingeries para maiores de 60 anos foi sua exigência, cuja ideia levou
a uma amiga industrial.
Sempre deslumbrante, com 1,70 m,
elegante, bem penteada e bem maquiada, articulada e envolvente quando fala, ela
viu se multiplicarem os convites para palestras em que divulga a mensagem que
quer associar à sua linha de lingeries: “Cada peça da coleção tem que dizer
‘você pode tudo, tem mais uma vida a ser vivida, e ela pode ser a melhor de
todas’”.
Ela confessa, no bate-papo com os
seus admiradores, que o sonho é viável também para quem não tem dinheiro,
experiência e conexões. E se a gente se envolve com algo que dá prazer, a
chance de sucesso é maior.
O corpo não é o mesmo, mas a mente
nunca definha. A prova está aí: a Helena de sucesso. Viúva há sete anos, deu-se
mal com a curta aposentadoria, em que ocupava o tempo com ginástica e terapia. “Nada me dava tesão, e sou movida a tesão”,
comenta.
Afinal, mesmo passando a barreira
dos 60 anos, continuo com a força que vem de meus sonhos (como Helena) e do
reconhecimento de minhas conquistas. Como no processo de criação de um “fundo
dos sonhos”. É por aí.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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