Já
escrevi várias vezes sobre esse tema. O último foi sobre um vídeo em que
mostrava uma tartaruga sufocada com um canudo plástico no nariz. A partir daí o
mundo começou a se sensibilizar para outro vilão ambiental além das emissões de
gases de efeito estufa.
É triste ver que a cerca cinco
trilhões de sacolas plásticas são utilizadas no mundo anualmente, segundo a
organização The World Counts. Caramba. Isso significa 160 mil sacolas plásticas
por segundo no planeta.
Eis aí um exemplo a seguir. No final
de junho do ano passado, as duas maiores redes de supermercados da Austrália,
Coles e Woolworths, se comprometeram a parar de distribuir sacolas plásticas.
Essa pequena mudança fez com que o país registrasse uma redução de 80% no
consumo geral de sacolas plásticas em seu território, isso em apenas três meses
da medida.
Sou testemunha do avanço
civilizatório da Austrália em defesa do meio ambiente. Constatei, quando lá
estive recentemente, os consumidores conduzindo as suas próprias sacolas de
tecido ou de algodão cru reutilizáveis para a realização de compras.
A memória ainda me permite
lembrar-se com saudade da minha querida mãe, dona Aila, indo ao Mercado Público
com as sacolinhas de tecido debaixo do braço para fazer a sua feirinha. Hoje, já
depois de tantos anos, vejo a importância de sua modesta contribuição (belo
gesto) no combate à poluição do oceano, rios e solo.
É um bom momento para refletir sobre
os nossos males tupiniquins: são motivos de vergonha para o mundo em geral e
para o Brasil em particular. Estamos em quarto lugar entre os países poluidores
de plásticos da terra (somos superados por EUA, China e Índia, países muito
mais populosos) e em último no índice de reciclagem (apenas 1,2%, contra uma
média mundial de 9%). Viu? Uma verdade indigesta.
Taí o desafio. O Brasil não pode
esperar.
LINCOLN
CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
Nenhum comentário:
Postar um comentário