Sempre
me desperta certa curiosidade quando vejo alguma obra falando sobre a Segunda
Guerra Mundial, ou melhor, sobre a figura controversa de Adolf Hitler - uma
personalidade neurótica, instável e paranoica.
O livro “Uma Nova História de Hitler
e dos Nazistas” (M.Books Editora, 2017), autoria de Paul Roland, que acabo de
ler, difere das histórias mais convencionais sobre o Terceiro Reich pelo fato
de argumentar que o Estado Nazista foi mais do que um fenômeno sociopolítico.
Ao contrário, ele foi a manifestação da personalidade fatalmente doentia do seu
Führer.
Ele tinha o poder da oratória
impressionante. Começava em tom baixo, sedutor, e crescia até um clímax
estático após o qual se retirava do pódio exaurido de força e encharcado de
suor, com um semblante de satisfação nos olhos. Nos seus discursos apelava para
o inflado senso de orgulho nacional e a vaidade dos alemães.
Hitler não conseguia aceitar a
derrota, e quando isso aconteceu, vociferava e se enraivecia, dizendo que iria
arrastar a nação para o abismo com ele, pois o povo alemão era evidentemente
“indigno” de seus sacrifícios. Em vez de se aconselhar com homens com grande
caráter, rica experiência e ampla visão, ele evitou-se e garantiu que não
tivesse nenhuma chance de influenciá-lo. Não permitiu outros deuses além dele.
Para manter o poder, ele estabeleceu
um reino indomável de terror, destruindo a justiça, banindo a decência,
zombando dos comandos divinos da humanidade pura, e destruindo a felicidade de
milhões de pessoas. Hitler não tinha justificativa para o seu ódio contra os
judeus, nenhuma vingança pessoal para cometer, mas ele vociferava sua repulsa
contra uma raça que, poder-se-ia dizer, tinha mais direitos à cidadania alemã
do que ele próprio, sendo um austríaco, um “estrangeiro”.
Pelo que deduzi dessa belíssima
obra, será difícil encontrar um retrato mais acurado de Adolf Hitler e dos Nazistas.
Recomendo-lhes a leitura!
LINCOLN
CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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