Essa expressão de nossa língua
portuguesa significa o lugar ou situação vale tudo, sem ordem, onde predomina a
confusão, a balbúrdia e a desorganização. Infelizmente, foi o que se
transformou o plenário do nosso Senado Federal, na sessão da semana passada
(11/7), depois de mais de sete horas de suspensão, com vista à votação da
reforma trabalhista.
Observei tudo aquilo, sumariamente,
com um híbrido de espanto e vergonha, como se fosse sim uma “Casa da Mãe Joana”.
O espetáculo deprimente foi protagonizado por cinco senadoras da oposição que
ocuparam a Mesa Diretora, impedindo que o presidente Eunice Oliveira comandasse
a sessão. Tolhido de sua autoridade, ele mandou cortar os microfones, a
transmissão de TV e até a luz do plenário. Mesmo assim, elas continuaram com os
seus desaforos e devorando até um almoço trazido em quentinhas sob a luz de
celulares. Uma cena deplorável!
Como, reza o chavão, um erro não
justifica o outro. Se a reforma é ruim, o dever da oposição é votar contra – e
só. Tal atitude não é contra um cidadão comum. É contra a instituição Senado
Federal e contra o Brasil.
Pensando bem, as senadoras,
causadoras do frenesi, tentam nos convencer de que estão sendo vítimas de uma
manipulação ardilosa. Temos que relembrar o epíteto que diz que “à mulher de
Cesar não basta ser honesta, há que parecer honesta”.
Esse papo de que basta dar mortadela
que o povo vota, está mudando. É conversa mole para boi dormir. As causas que
nos movem têm, para as senadoras agitadoras, importância secundária. É o jogo
da sobrevivência, ainda que às nossas custas e nos enganando periodicamente com
malabarismos retóricos indigestos.
A reação desmesurada é sinal que
chegou o fim: de morte morrida, por não ter mais votos para se reelegerem, ou
de morte matada, por impedimento legal.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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