Hoje, se perguntar algum brasileiro
se o crime compensa chegará à resposta inevitável: compensa sim, e muito! A
resposta não poderia ser diferente diante do beneplácito que os irmãos Batistas
da JBS (Joesley e Wesley) receberam do Ministério Público Federal. Mesmo
revelando descaradamente todos os seus crimes de forma irônica que beira a
piada.
O Acordo de Colaboração, feito com
esses delinquentes confessos, escandalizou leigos e especialistas. A punição
(em dinheiro) foi irrisória em relação do que os dirigentes da JBS afirmaram
ter usurpado nas suas traquinagens. Sem falar, o que é inconcebível, da
liberdade que lhes foram concedidas.
Episódio que nos remete àquele folhetim
“Vale Tudo”, em que o empresário corrupto dá uma banana ao fugir, de avião, do
Brasil. No caso real, para nossa surpresa, foi com a autorização da Justiça.
Uma vergonha ímpar e um exemplo de empresários que não pensam em nada além do
lucro a qualquer custo.
Francamente, com as devidas vênias
de estilo, a leniência do MPF foi despropositada, mesmo tendo alcançado os seus
objetivos na investigação. Não só pela suavidade do acordo, como também, por
agravar ainda mais a crise brasileira que, até então, vinha sendo bem
conduzida/gerenciada, que pese o mau-caratismo e a falda de patriotismo de
agentes públicos e de bandidos travestidos de empresário.
Na verdade, sem nenhum ismo, cheguei
à conclusão: não há mocinho nessa história, só bandidos. Não é só o governo que
está enrolado até o pescoço, é o Brasil todo. Fruto da ganância, da ladroagem e
da falta de patriotismo. É Lula, é Temer, é Aécio e toda turma de malfeitores
que têm levado o País a esse pesadelo sem fim.
O grande erro de um jogador de
pôquer é subestimar seu adversário. Nessa jogada do Acordo de Leniência, o
grande vencedor foi os irmãos Batista.
LINCOLN
CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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