Já manifestei aqui neste espaço, por
diversas vezes, que sou a favor da greve. Desde que seja um desejo de mudança
civilizada, e não aquela imposta pelo medo e pela violência como a que ocorreu
recentemente - na sexta-feira, do dia 28/04.
Está tudo ali, em vídeo, para quem
quiser ver. Vi com algo enfadonho e triste. As provocações, prática dos
populistas, são como um convidado inconveniente que bebe demais. Quer saber?
Não se reforma um país com atos de vandalismo. As conquistas virão através da
educação, do conhecimento e do debate franco e aberto. Precisamos, sim, de um
amplo entendimento nacional, sem ódios e radicalismos.
Lá vou eu com Mãe Dináh que morreu
em 2014 e, infelizmente, não poderá nos ajudar a saber como a história olhará,
daqui a uns 30 anos, para os atuais políticos e para os agitadores
sindicalistas: como arruaceiros ou simplesmente como pseudoideológicos.
Fato a ser considerado, nesta nossa
pátria tão mal-amada: o Brasil está em frangalhos, carente de uma visão
nacional e, dividido, se radicaliza, abrindo espaço para o ódio e o
preconceito. A greve, ora referida, foi uma grande vergonha para o país, com
manifestações violentas, com cenas de vandalismo (queima de pneus e ônibus) e
com bloqueio de avenidas.
Se guiarmos um pouco menos por
nossos instintos e mais por dados objetivos, chegamos à conclusão que, por trás
dessa greve, está o interesse das centrais sindicais, em que os protestos são
uma reação à perda de privilégios, caso a reforma trabalhista for adiante. O
maior motivo: a perda da excrescência do imposto sindical em torno de 4
bilhões, cujo benefício é para atender a mais de 17000 sindicatos. Não “cola”
mais essa aberração, felizmente.
A boa regra, no entanto, impõe que
greves e paralisações ilegais só prejudicam os cidadãos de bem que querem
trabalhar e construir um país melhor.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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