Depois de uma entrevista dada pelo
presidente Donald Trump à imprensa, peguei uma banana na minha cozinha e sentei
na escrivaninha, em frente ao computador, para redigir o presente artigo.
Confesso que não tinha a mínima ideia de como começar. Eram tantas babaquices e
estripulias bradadas por ele que ficou difícil mirar num ponto. Pensei até em
desistir dessa proeza.
É sabido que o valor de um homem não se
mede pelas suas roupas ou pelos bens que possui, o verdadeiro valor do homem é
o seu caráter, suas ideias e a nobreza de suas ações. Predicados que não se
identificam muito ao novo presidente dos EUA, mesmo.
Por um lapso muito breve, senti que o
Trump não era mais o presidente da maior potência do mundo (militar e
econômica), pedra angular da democracia. Há uma ambiguidade em tudo que ele
fala. Sempre margeada por uma desconfiança, uma ansiedade quanto ao limite e à
falsidade das palavras. Sua linguagem é diabólica, travestida de um
nacionalismo barato, tacanho. Algo vagamente suicida e audestrutivo.
Nunca um candidato mentiu tanto. Agora,
como presidente, tem assustado o mundo. Autorização para construção de um muro
na fronteira com o México, revogação de acordos comerciais, leis rígidas para
imigrantes, propostas de não cumprimento de acordo planetário etc e tal.
Seja como for, os americanos estão
pagando pelas suas escolhas. Pois bem. O Republicano Donald Trump foi muito
esperto ao capturar a raiva de grande parte do eleitorado norte-americano que
se sente deixado para trás, identificado como “perdedores da globalização”. A
estratégia deu certo. Os votos vieram.
Resta-nos torcer para que o excêntrico
Trump se compenetre como grande estadista, da envergadura de um Abraham
Lincoln, e não como o homem de negócios escusos; o aristocrata mimado; o
machista burro que vê as mulheres só como objeto.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado
e mestre em Administração
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