segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Na contramão do emprego

Li, com muita preocupação, a súmula de uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo, recentemente datada de 25/01, onde, na prática, proibiu empresas de dispensarem trabalhadores sem justificativa. O embate está para ser travado( julgado) no STF.
Tal medida “fora da curva” gera insegurança e, em última medida, pode acabar com vagas no emprego. É uma interferência descabida do Estado num setor que deve ser privado. Vejam que absurdo: se as justificativas de que a empresa passa por dificuldades não forem aceitas, lamentavelmente ela não poderá demitir o empregado.
Pelo visto, se essa medida vier a prevalecer, a única alternativa será fechar a empresa e acabar com os postos de trabalho. Gerando prejuízos e desempregos ao País, indo de encontro o que há de mais moderno no mundo corporativo/empresarial.
Não “cola” mais. Para aqueles que acreditam em certos profetas do socialismo tropical, foi desalentador. O ministro Gilmar Mendes, sem titubear, mantendo a fleuma, reagiu à decisão do TRT-ES: “Talvez eles pudessem aproveitar e decretar a estatização de todas as empresas no Espírito Santo. Ou, ainda, poderiam conceder uma liminar que suspendesse a recessão econômica”.
Dito de outra maneira, eu afirmaria que essa decisão parece a história do Titanic, o navio afunda, mas a banda  continua a tocar esquizofrenicamente como se nada estivesse ocorrendo na atual conjuntura econômica que vem passando o Brasil: 12,3 milhões de pessoas desempregadas.
Logo, agora, que o governo se empenha em provar mudanças na legislação trabalhistas para aumentar a oferta de empregos. É imperativo que deveríamos estar empenhados em atrair novos investidores e criar o ambiente necessário para que o capital disponível no mundo venha para o Brasil.


                                  LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                   lincoln.consultoria@hotmail.com
                                      Advogado e mestre em Administração



            

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