Acabei de ler o livro “O hotel na
Place Vendôme” (editora Intrínseca, 2016) da escritora Tilar J.Mazzeo, onde
relata a história do famoso Hotel Ritz, no ritmo ágil e com riqueza de
detalhes.
O Ritz foi projetado com um senso
progressista de inovação e originalidade. Inaugurado em 1989 no coração de
Paris, logo se transformou em um ícone da cidade, frequentado por estrelas de
cinema e escritores célebres, ricas herdeiras americanas, políticos, playboys e
príncipes. Fora símbolo internacional do luxo e de tudo que havia de glamoroso
sobre a modernidade. Casos amorosos ilícitos e paixões indecentes ali
floresceram.
Durante a segunda guerra (1940-1945),
quando o hotel serviu, ao mesmo tempo, de quartel-general dos mais graduados
oficiais alemães, como Hermann Göring, Joseph Goebbels, maestro da propaganda
do Terceiro Reich, e de lar dos milionários que permaneceram na cidade, entre
eles Coco Chanel.
Nesse período turbulento da história
parisiense é retratado em detalhes pela autora. Além de narrar os
acontecimentos históricos mais importantes presenciados pelos funcionários e
hóspedes do hotel desde sua inauguração, principalmente para casos de amor
clandestino e perigosas conspirações.
Outra figura ilustre que fixou
residência nesse notável hotel, por um bom tempo, foi o escritor renomado e
aventureiro americano Ernest Hemingway, conhecido também pelos feitos viris e
pelas frases lacônicas, do tipo: “Quando sonho com uma vida após a morte (...)
a ação sempre acontece no Ritz de Paris”.
Agora, pela terceira vez em 115 anos
de história, o Hotel Ritz está reabrindo, uma renovação que custou 164 milhões
de dólares. E que volte a ser o palco de tudo aquilo que é moderno na França e
no mundo.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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