Ao ler o título deste texto, é
impossível não fazer uma reflexão sobre a importância da leitura em nossa vida.
Já dizia certo sábio que a verdadeira pobreza é a ausência de livros.
Recentemente foi realizada uma
pesquisa pelo Ibope, por encomenda do Instituto Pró-Livro, entidade mantida
pelo sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e pela Associação
Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), constatando que há um
pouco mais de leitores no Brasil. Se em 2011 eles representavam 50% da
população, em 2015 eles são 56%. Mas ainda é pouco.
Segundo a pesquisa, as mulheres
continuam lendo mais: 59% são leitoras, os homens, 51% são leitores. A Bíblia
continua sendo o livro mais lido, em qualquer nível de escolaridade. A leitura
ficou em 10º lugar quando o assunto é o que dizer no tempo livre. Perde para
assistir televisão, ouvir música, usar internet, assistir filmes, usar
WhatsApp, usar Facebook, Twitter ou Instagram, ler jornais, revistas ou notícias.
Aos não leitores foram perguntados
quais foram as razões para eles não terem lido nenhum livro inteiro ou em
partes nos três meses anteriores à pesquisa. As respostas: falta de tempo
(32%), não gosta de ler (28%), não tem paciência para ler (13%), prefere outras
atividades (10%), dificuldades para ler (9%), sente-se muito cansado para ler
(4%)...
E, para arrematar, acreditem: a
pesquisa perguntou a professores qual tinha sido o livro que leram e 50%
responderam nenhum e 22%, a Bíblia. Ora, como diz a garotada, a coisa tá preta!
Especialistas em Neurociência
garantem que a melhor maneira de exercitar o cérebro é dedicar todos os dias
algum tempo à leitura. Para quem não gosta particularmente de ler sugerem jogos
de xadrez, viajar ou aprender a falar idiomas.
Muito daquilo que se lê pode
apresentar dificuldade, mas não se deve confundir uma leitura difícil com uma
leitura chata, com algo que foi mal escrito. Sucesso de vendas de livro não
significa qualidade da leitura. É mancada, segundo os livreiros, é escolher
pelos critérios de “mais vendidos” ou pela “beleza da capa”. Um livro que é
sucesso de vendas não é necessariamente agradável para todos. Às vezes “dar com
os burros n’água” ou até afugenta um leitor potencial do universo dos livros.
É vero. Se eu não tivesse tempo para
ler, não teria tempo nem os instrumentos para escrever. Nisso copio fielmente a
expressão do escritor José Américo, sem possuir, evidentemente, o seu talento:
só sei me expressar literariamente.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre
em Administração
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