sábado, 2 de abril de 2016

Proteção da natureza

            Aqueles que ainda não se deram por convencido de que a proteção do Parque Marinho de Areia Vermelha é importante e necessária, basta visitarem o Arquipélago de Fernando de Noronha para constatar uma realidade insofismável sobre a proteção da natureza.
            Revisitando essa ilha pela terceira vez, não tem como divagar nos meus pensamentos, partindo do discurso de alguém que dizia: “Viu? O Judiciário paraibano estava certo, quando ordenou a navegação e barrou comercialização de bebidas e comidas em Areia Vermelha”.
            Para quem visita Fernando Noronha, observa-se que lhe foi permitido preservar praias, baías, e piscinas naturais entre rochas e recifes, exatamente como dever ser um lugar mágico e com seu modo de viver peculiar. Não é por acaso que é um patrimônio natural e cultural. Conserva tudo o que a natureza produziu de belo.
Viajar a Noronha significa desfrutar um dos refúgios mais importantes do Brasil, onde ainda se mantém paisagens de aspecto selvagem, com fauna e vegetação nativa, como o único mangue de ilhas oceânicas do Atlântico Sul e resquícios de uma floresta primitiva, além de um universo praticamente intocável.
De beleza ímpar, as cores do mar de entorno do arquipélago encantam seus visitantes: os tons azul-turquesa e esmeralda prenunciam um mundo subaquático surpreendente em sua variedade de cores e de espécies.
No arquipélago também tive oportunidade de encontrar vários tipos de tubarão e raia, de pequeno e grande porte, que ali costumam se alimentar e reproduzir. Por ter um ambiente equilibrado, com fartura de alimento, estes animais não representam risco aos banhistas ou mergulhadores que se aventuram em suas águas cristalinas.
Por ser atualmente um paraíso tão procurado, há um grande desafio que o arquipélago enfrenta: continuar sendo o que é, suportando a atividade turística, cujo contínuo aumento de visitantes gera crescimento econômico, mas também provoca impacto nos frágeis ecossistemas insulares, além do inevitável choque sociocultural.
Para os desavisados que ali chegam, devem respeitar as regras, respeitar a Natureza. As placas proibitivas não foram afixadas para limitar o prazer do visitante, mas para prolongar a vida de todos os habitantes do arquipélago – plantas e animais – aqueles que não têm voz para expressar o seu desejo de continuar vivos.
Urge chegar, o quanto antes, a essa realidade suprema. Daí tanta insistência no tema da Proteção da Natureza.

                                                      LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                      lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                     Advogado e mestre Administração
                                                     


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