Aqueles que ainda não se deram por
convencido de que a proteção do Parque Marinho de Areia Vermelha é importante e
necessária, basta visitarem o Arquipélago de Fernando de Noronha para constatar
uma realidade insofismável sobre a proteção da natureza.
Revisitando essa ilha pela terceira
vez, não tem como divagar nos meus pensamentos, partindo do discurso de alguém
que dizia: “Viu? O Judiciário paraibano estava certo, quando ordenou a
navegação e barrou comercialização de bebidas e comidas em Areia Vermelha”.
Para quem visita Fernando Noronha, observa-se
que lhe foi permitido preservar praias, baías, e piscinas naturais entre rochas
e recifes, exatamente como dever ser um lugar mágico e com seu modo de viver
peculiar. Não é por acaso que é um patrimônio natural e cultural. Conserva tudo
o que a natureza produziu de belo.
Viajar a Noronha significa desfrutar um
dos refúgios mais importantes do Brasil, onde ainda se mantém paisagens de
aspecto selvagem, com fauna e vegetação nativa, como o único mangue de ilhas
oceânicas do Atlântico Sul e resquícios de uma floresta primitiva, além de um
universo praticamente intocável.
De beleza ímpar, as cores do mar de entorno
do arquipélago encantam seus visitantes: os tons azul-turquesa e esmeralda
prenunciam um mundo subaquático surpreendente em sua variedade de cores e de
espécies.
No arquipélago também tive oportunidade
de encontrar vários tipos de tubarão e raia, de pequeno e grande porte, que ali
costumam se alimentar e reproduzir. Por ter um ambiente equilibrado, com
fartura de alimento, estes animais não representam risco aos banhistas ou
mergulhadores que se aventuram em suas águas cristalinas.
Por ser atualmente um paraíso tão
procurado, há um grande desafio que o arquipélago enfrenta: continuar sendo o
que é, suportando a atividade turística, cujo contínuo aumento de visitantes
gera crescimento econômico, mas também provoca impacto nos frágeis ecossistemas
insulares, além do inevitável choque sociocultural.
Para os desavisados que ali chegam,
devem respeitar as regras, respeitar a Natureza. As placas proibitivas não
foram afixadas para limitar o prazer do visitante, mas para prolongar a vida de
todos os habitantes do arquipélago – plantas e animais – aqueles que não têm
voz para expressar o seu desejo de continuar vivos.
Urge chegar, o quanto antes, a essa
realidade suprema. Daí tanta insistência no tema da Proteção da Natureza.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado
e mestre Administração
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