Quem passa pelas ruas de João
Pessoa, principalmente no centro, visualizará com temor uma quantidade absurda
de placas com anúncio de “aluga-se”. Cenário esse visto, também, em qualquer
cidade de médio e grande porte deste País.
Anúncios que mais parecem folhetim
de classificados. Aqui e ali o mesmo slogan imobiliária de “aluga-se”. O setor
de comércio, por sua vez, é uma das áreas mais sensível em momento de crise
econômica. Retrato que o Brasil de hoje
vai irremediavelmente mal.
Atual crise explodiu e seus
estilhaços estão por toda parte. O governo Dilma arruinou a economia,
desarranjou a política e quer salvar-se da guilhotina com o discurso inócuo que
o processo de impeachment é um “golpe”.
O povo e a classe empresarial cobram
urgência para o desfecho da crise. A verdade é que ninguém aguenta mais, nem
mesmo os correligionários da presidente. O panorama é de embasbacar. É fato:
quando o desemprego cresce, indubitavelmente, vem de mãos dadas com a carestia.
A combinação não poderia ser pior.
“E então? O que acha que tudo isso
significa?”, perguntou-me em tom jocoso meu velho amigo Cordeiro, com o corpo
afundado no sofá de seu apartamento, isqueiro na mão, pronto para se abastecer
de mais uma dose de nicotina. Respondendo, disse-lhe: tudo isso se deve a falta
de compromisso com a nação, a falta de ousadia de fazer as transformações
políticas e econômicas que o País tanto necessita.
Não é preciso brigar com ninguém. É
preciso apenas entender que o Brasil não pode continuar com mentiras, fraudes,
desvios de verba pública, superfaturamentos, operações e todo tipo de
malfeitos. E faço o adendo: o Brasil precisa dessa profilaxia, dessa limpeza
para dar credibilidade junto aos agentes econômicos e investidores.
Meus pendores libertários me fazem
afirmar que não há mais espaço para o ideário rançoso, equivocado e nada
republicano, que mergulhou o País em uma crise sem precedente e na pior recessão
das últimas décadas.
O grande motor dos investimentos é a
previsibilidade. É difícil ter confiança para investir num país em que o
governo tem a popularidade baixíssima, enfrenta protestos e investigação de
corrupção. Aos efeitos da crise, o Brasil está pifando, ou seja, está sofrendo
avaria, deixando de funcionar.
Queremos voltar a ter esperança em
dias melhores: com o comércio vibrante e abrindo as portas para o emprego.
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