sábado, 16 de abril de 2016

Aluga-se

            Quem passa pelas ruas de João Pessoa, principalmente no centro, visualizará com temor uma quantidade absurda de placas com anúncio de “aluga-se”. Cenário esse visto, também, em qualquer cidade de médio e grande porte deste País.
            Anúncios que mais parecem folhetim de classificados. Aqui e ali o mesmo slogan imobiliária de “aluga-se”. O setor de comércio, por sua vez, é uma das áreas mais sensível em momento de crise econômica.  Retrato que o Brasil de hoje vai irremediavelmente mal.
            Atual crise explodiu e seus estilhaços estão por toda parte. O governo Dilma arruinou a economia, desarranjou a política e quer salvar-se da guilhotina com o discurso inócuo que o processo de impeachment é um “golpe”.
            O povo e a classe empresarial cobram urgência para o desfecho da crise. A verdade é que ninguém aguenta mais, nem mesmo os correligionários da presidente. O panorama é de embasbacar. É fato: quando o desemprego cresce, indubitavelmente, vem de mãos dadas com a carestia. A combinação não poderia ser pior.
            “E então? O que acha que tudo isso significa?”, perguntou-me em tom jocoso meu velho amigo Cordeiro, com o corpo afundado no sofá de seu apartamento, isqueiro na mão, pronto para se abastecer de mais uma dose de nicotina. Respondendo, disse-lhe: tudo isso se deve a falta de compromisso com a nação, a falta de ousadia de fazer as transformações políticas e econômicas que o País tanto necessita.
            Não é preciso brigar com ninguém. É preciso apenas entender que o Brasil não pode continuar com mentiras, fraudes, desvios de verba pública, superfaturamentos, operações e todo tipo de malfeitos. E faço o adendo: o Brasil precisa dessa profilaxia, dessa limpeza para dar credibilidade junto aos agentes econômicos e investidores.
            Meus pendores libertários me fazem afirmar que não há mais espaço para o ideário rançoso, equivocado e nada republicano, que mergulhou o País em uma crise sem precedente e na pior recessão das últimas décadas.
            O grande motor dos investimentos é a previsibilidade. É difícil ter confiança para investir num país em que o governo tem a popularidade baixíssima, enfrenta protestos e investigação de corrupção. Aos efeitos da crise, o Brasil está pifando, ou seja, está sofrendo avaria, deixando de funcionar.
            Queremos voltar a ter esperança em dias melhores: com o comércio vibrante e abrindo as portas para o emprego.            
           

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