segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Insanidade da crise

Começamos o ano perturbado com o quadro de crise que ora assola o nosso País. Esperançosos, todos, para que possa abrir alguma claridade neste horizonte confuso onde milhões de nós se encontram endividados, atormentados, inseguros e aflitos.
Uma coisa é certa: palavrórios e teorias, opiniões e frases pomposas, não nos convencem mais. O que existe hoje é um desânimo muito grande, produzido pelas dificuldades da economia (e política), que, por sua vez, bagunçaram a administração pública.
A coisa tá feia, tá braba e fica a cada dia mais feia, mais braba.  O País está na pindaíba, graças à desordem do governo Dilma. Afinal, passa a sensação de estar no avião, ligar o piloto automático e esperar acabar o querosene. Nosso assombro e susto têm chegado a esse ponto.
            Nas rodas de conversa com os amigos, tratando desse assunto, verifica-se que a estabilidade econômica e política passa pelo julgamento da nossa presidente. Ou seja: Dilma cometeu crime de responsabilidade?
            A ala governista diz que “não”. Reiterando que Dilma é honesta. Que a soberania popular deve ser respeitada. O que se chama de “pedaladas” consiste em mero adiantamento de pagamento de benefícios sociais por bancos públicos, prática largamente utilizada no Brasil há décadas. Fora disso, é golpe, ainda que disfarçado, escondido sob o nome de impeachment.
            Já a ala oposicionista diz que “sim”. A saída é o impeachment da presidente Dilma, baseado nas “pedaladas fiscais”, manobras para maquiar as contas públicas, apontadas pelo TCU, que rejeitou as contas do governo. Detentora do mandato do PT, agremiação que se autoproclamava a dona da ética, lambuzou-se de lama. Nunca antes na história deste País um partido teve tantos líderes presos.
            Não é preciso ir muito fundo para perceber que o mundo petista é na realidade um capitalismo de compadrio baseado na relação incestuosa entre o setor privado e o governo. É desarrazoado, diante de um quadro tão degradante. Quer saber? A presidente vai se isolar rapidamente caso não rompa o ciclo infernal em que se meteu.
            Vou além disso. Insanidade é continuar sempre fazendo a mesma coisa e esperar resultados diferentes. A frase é atribuída a Albert Eistein, mas cabe como uma luva para descrever o que se passa na atual conjuntura brasileira.
            Mais cedo ou mais tarde a realidade acaba se impondo.


                                                                     LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                                     lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                                        Advogado e mestre em Administração

            

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