Começamos o ano perturbado com o quadro
de crise que ora assola o nosso País. Esperançosos, todos, para que possa abrir
alguma claridade neste horizonte confuso onde milhões de nós se encontram
endividados, atormentados, inseguros e aflitos.
Uma coisa é certa: palavrórios e
teorias, opiniões e frases pomposas, não nos convencem mais. O que existe hoje
é um desânimo muito grande, produzido pelas dificuldades da economia (e política),
que, por sua vez, bagunçaram a administração pública.
A coisa tá feia, tá braba e fica a cada
dia mais feia, mais braba. O País está
na pindaíba, graças à desordem do governo Dilma. Afinal, passa a sensação de
estar no avião, ligar o piloto automático e esperar acabar o querosene. Nosso
assombro e susto têm chegado a esse ponto.
Nas rodas de conversa com os amigos,
tratando desse assunto, verifica-se que a estabilidade econômica e política
passa pelo julgamento da nossa presidente. Ou seja: Dilma cometeu crime de
responsabilidade?
A ala governista diz que “não”.
Reiterando que Dilma é honesta. Que a soberania popular deve ser respeitada. O
que se chama de “pedaladas” consiste em mero adiantamento de pagamento de
benefícios sociais por bancos públicos, prática largamente utilizada no Brasil
há décadas. Fora disso, é golpe, ainda que disfarçado, escondido sob o nome de
impeachment.
Já a ala oposicionista diz que
“sim”. A saída é o impeachment da presidente Dilma, baseado nas “pedaladas
fiscais”, manobras para maquiar as contas públicas, apontadas pelo TCU, que
rejeitou as contas do governo. Detentora do mandato do PT, agremiação que se
autoproclamava a dona da ética, lambuzou-se de lama. Nunca antes na história
deste País um partido teve tantos líderes presos.
Não é preciso ir muito fundo para
perceber que o mundo petista é na realidade um capitalismo de compadrio baseado
na relação incestuosa entre o setor privado e o governo. É desarrazoado, diante
de um quadro tão degradante. Quer saber? A presidente vai se isolar rapidamente
caso não rompa o ciclo infernal em que se meteu.
Vou além disso. Insanidade é continuar
sempre fazendo a mesma coisa e esperar resultados diferentes. A frase é
atribuída a Albert Eistein, mas cabe como uma luva para descrever o que se
passa na atual conjuntura brasileira.
Mais cedo ou mais tarde a realidade
acaba se impondo.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre
em Administração
Nenhum comentário:
Postar um comentário