Segundo
pesquisa divulgada pela Serasa Experian, jovens entre 16 a 24 anos são os que
têm menos controle da vida financeira. O levantamento mostra que 40% desses
jovens admitem não manter a vida financeira sob controle.
Quanto maior é a idade, mais aumenta
o percentual de pessoas que diz manter controle dos gastos. Os jovens precisam
evitar agir por impulso e adquirir o hábito de controlar melhor a vida
financeira para que eles não sofram as consequências do
superendividamente.
Fato é que a escola não prepara as
crianças para a vida real. Boa formação e notas altas não bastam para garantir
o sucesso de alguém. O mundo mudou; a maioria dos jovens tem cartão de crédito,
antes mesmo de concluir os estudos, e nunca tiveram aula sobre dinheiro,
investimento, juros etc. Ou seja, vão para a escola, mas continuam analfabetos
financeiros, despreparados para enfrentar um mundo que dá mais ênfase à despesa
do que à poupança.
Não existe bola de cristal, mas algo
é certo: o conselho mais perigoso que se pode dar a um jovem nos dias de hoje
é, “vá para a escola, tire notas altas e depois procure um emprego seguro”. Seria
ingênuo e tolo não acreditar que as regras mudaram. Não existe mais emprego
certo para ninguém. O problema não está entre ser empregado ou empregador, mas
entre ter o controle de seu próprio destino ou entregar esse controle a alguém.
Tem sido tema recorrente nas
conversas que tenho comigo mesmo e com os mais próximos, quando falo que o
dinheiro não é ensinado nas escolas. Elas se concentram nas habilidades
acadêmicas e profissionais, mas não nas habilidades financeiras. Isso explica
por que tantos profissionais têm problemas financeiros no decorrer da vida.
Seja no Brasil, na Itália, seja
alhures, sabemos que o dinheiro é uma forma de poder. Mais poderosa ainda,
entretanto, é a instrução financeira. O dinheiro vem e vai, mas se você tiver
sido educado quanto ao funcionamento do dinheiro, você adquire poder sobre ele
e pode começar a construir riqueza.
A maioria das pessoas não percebe
que na vida o que importa não é quanto dinheiro você ganha, mas quanto dinheiro
você conserva. Já ouvimos histórias de ganhadores de prêmios na loteria que
eram pobres, enriqueceram subitamente e voltaram a ser pobres.
Fica a dica: é uma besteira imaginar
que a formação oferecida pelo sistema de ensino prepara seus filhos para o
mundo que eles encontrarão depois de formados. Precisam conhecer as regras
básicas do nosso cotidiano financeiro. Não basta só estudar e procurar um
emprego.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e mestre em Administração
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