segunda-feira, 15 de julho de 2013

Absurda máquina ministerial



       Eu acredito que a presidente Dilma não sabe o nome de todos os seus 39 ministros. Com esse quadro registra-se a maior máquina pública já vista. Sem “fulanizar” a questão, mas apenas a título de exemplo, observa-se que na Itália conta com 18 ministros, Alemanha tem 14 ministros, EUA possui apenas15 ministros, e por aí vai.
            Recebi alguns comentários (por vezes, impublicáveis) por meio de redes sociais sobre o assunto. E não poderia ser diferente. Taí a natureza do “basta” que se vê nas ruas. Manter a estrutura e os funcionários dos atuais 39 postos do governo Dilma Rousseff, instalados na Esplanada dos Ministérios e em outros prédios espalhados pela capital, custa pelo menos R$ 58,4 bilhões por ano aos cofres públicos. Esta verba é mais que o dobro do que foi destinada ao maior programa social do governo, o Bolsa Família, que custará 24,9 bilhões este ano.
            Olho abismado para esse monte de ministros que, além de ser contraproducente à gestão administrativa, ainda leva a uma competição interna, recheada de fofocas, jogos de bastidores, politicagem escabrosas, culto ao ego do chefe, sonegação de informações, sabotagem de projetos alheios ao interesse da equipe que destroem a força do grupo.
            Enterrei o rosto em minhas mãos e fechei os olhos de pura vergonha, quando li uma nota do Ministério do Planejamento afirmando que as despesas da União com a criação de novas estruturas ministeriais e com a manutenção das já existentes (totalizando em 39 ministros) têm como objetivo “responder às necessidades de investimentos no país; melhorar a qualidade dos serviços prestados à população; atender à expansão de políticas públicas no território nacional e atender demandas da população por novas políticas públicas”.
            Senti certo tom de ironia quando soube (acreditem!) que o governo Dilma, chegou-se analisar, inclusive, a criação do Ministério da Irrigação. E não duvido, pois o aumento da máquina pública é decorrência da maneira como se faz política no País, em que aliados são atraídos por cargos no governo. Salpicados de agrados e favores políticos, escusos conluios, realizados com o seu, com o nosso dinheiro.
            O grande empresário Jorge Gerdau, presidente da Câmara de Políticas de Gestão, é um dos maiores críticos da estrutura gigante do Governo Federal. Em recente entrevista ao portal UOL, ele chamou de “burrice e irresponsabilidade” a quantidade de tantos ministérios. O governo, segundo esse empreendedor, funcionaria a contento com “meia dúzia” de pastas.
            Então, basicamente, é isso: não tem jeito! Não há maquiagem na propaganda oficial que consiga justifica ou camuflar o disparate de tantos ministérios. Agora, pô, tudo tem limite.


                                                                  LINCOLN CARTAXO DE LIRA
                                                                  lincoln.consultoria@hotmail.com
                                                                   Advogado e Mestre em Administração

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