Eu
acredito que a presidente Dilma não sabe o nome de todos os seus 39 ministros.
Com esse quadro registra-se a maior máquina pública já vista. Sem “fulanizar” a
questão, mas apenas a título de exemplo, observa-se que na Itália conta com 18
ministros, Alemanha tem 14 ministros, EUA possui apenas15 ministros, e por aí
vai.
Recebi alguns comentários (por
vezes, impublicáveis) por meio de redes sociais sobre o assunto. E não poderia
ser diferente. Taí a natureza do “basta” que se vê nas ruas. Manter a estrutura
e os funcionários dos atuais 39 postos do governo Dilma Rousseff, instalados na
Esplanada dos Ministérios e em outros prédios espalhados pela capital, custa
pelo menos R$ 58,4 bilhões por ano aos cofres públicos. Esta verba é mais que o
dobro do que foi destinada ao maior programa social do governo, o Bolsa
Família, que custará 24,9 bilhões este ano.
Olho abismado para esse monte de
ministros que, além de ser contraproducente à gestão administrativa, ainda leva
a uma competição interna, recheada de fofocas, jogos de bastidores, politicagem
escabrosas, culto ao ego do chefe, sonegação de informações, sabotagem de
projetos alheios ao interesse da equipe que destroem a força do grupo.
Enterrei o rosto em minhas mãos e
fechei os olhos de pura vergonha, quando li uma nota do Ministério do
Planejamento afirmando que as despesas da União com a criação de novas
estruturas ministeriais e com a manutenção das já existentes (totalizando em 39
ministros) têm como objetivo “responder às necessidades de investimentos no
país; melhorar a qualidade dos serviços prestados à população; atender à
expansão de políticas públicas no território nacional e atender demandas da
população por novas políticas públicas”.
Senti certo tom de ironia quando
soube (acreditem!) que o governo Dilma, chegou-se analisar, inclusive, a
criação do Ministério da Irrigação. E não duvido, pois o aumento da máquina
pública é decorrência da maneira como se faz política no País, em que aliados
são atraídos por cargos no governo. Salpicados de agrados e favores políticos,
escusos conluios, realizados com o seu, com o nosso dinheiro.
O grande empresário Jorge Gerdau,
presidente da Câmara de Políticas de Gestão, é um dos maiores críticos da
estrutura gigante do Governo Federal. Em recente entrevista ao portal UOL, ele
chamou de “burrice e irresponsabilidade” a quantidade de tantos ministérios. O
governo, segundo esse empreendedor, funcionaria a contento com “meia dúzia” de
pastas.
Então, basicamente, é isso: não tem
jeito! Não há maquiagem na propaganda oficial que consiga justifica ou camuflar
o disparate de tantos ministérios. Agora, pô, tudo tem limite.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado e Mestre
em Administração
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