Ao passar os olhos na história, sem
aquela nossa costumeira visão e prática tupiniquim (há anos luz da realidade),
registra-se a lucidez plena de contemporaneidade do cara que faliu nos negócios
aos 31 anos. Foi derrotado em uma eleição para o legislativo aos 32 anos. Faliu
outra vez nos negócios aos 34 anos. Perdeu seu primeiro grande amor aos 35
anos. Teve um calapso nervoso aos 36 anos. Perdeu outra eleição aos 38 anos.
Perdeu as eleições para o congresso aos 43, aos 46 e aos 48 anos. Perdeu uma
disputa para o Senado com 55 anos. Fracassou na tentativa de se tornar
vice-presidente aos 56 anos. Perdeu outra disputa para o Senado aos 58 anos.
Até
que, aos 60 anos, foi eleito, e se tornou o maior presidente da história dos
Estados Unidos da América. Seu nome: Abraham Lincoln, o homem que nunca
desistiu de seus sonhos.
Na
vida, temos que tomar muitas decisões. Mesmo diante dos possíveis fracassos,
jamais desistir. Os riscos, inerente das decisões, precisam ser enfrentados,
porque o maior fracasso da vida é não arriscar nada. A pessoa que não arrisca,
não faz nada, não tem nada, é nada. Pior: essa doença é como tantas outras, ela
pega!!
Isso
é uma coisa. Outra é adotar – por desleixo, soberba e incompetência – situações
que levam ao sucesso fácil, na vitória sem luta.
Dá
pra sacar? Lembra aquele adágio popular: “se cochilar, o cachimbo cai; se
abaixar para apanhar...” - vocês sabem. E mais: não nascemos para o fracasso.
Somos candidatos naturais a uma vida feliz, plena de sonhos e realizações. Como
diz o dito: a vida é uma soma de equívocos e acertos. A frase até que é
surrada, né? Mas é real.
Li
não sei onde que uma empresa (multinacional) estava iniciando as operações no
Brasil, ao entrevistar um candidato para uma posição na área financeira, o
entrevistador disparou a típica pergunta final de processo de seleção: “O que o
senhor gostaria de ser nessa companhia?” “Quero ser o presidente”, o candidato
respondeu sem rodeios. O entrevistador seguiu argumentando: “Mas até aí todo
mundo quer...” “Mas eu vou ser”, sem titubear, manifestou o candidato.
Já
como empregado da empresa, sua meta era: fazer o impossível, com garra e
talento. Seus colegas de trabalho acharam que era pura insanidade. Só que ele
atingiu o posto de presidente da companhia – seu gol de placa que ele tanto
almejou.
Prova
viva, vivíssima, mais que seu objetivo, o que importa é a força que você tem
para lutar por ele.
LINCOLN CARTAXO DE LIRA
Advogado, administração e escritor
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