Não é preciso ser nenhum cultor em
Administração (pública ou privada) nem deitar num divã de psicanalista para
entender o sucesso do farmacêutico Arnaldo, o Arnaldo da farmácia.
Ora,
Arnaldo construiu seu tão conhecido estilo de farmacêutico, uma carreira de
mais de 50 anos, pelo seu conhecimento profundo na área da saúde, pela
humildade, pela simpatia, pela amabilidade... Em tempos de desalento, ele é uma
fonte de referência inspiradora.
Nunca
mercadejou sua popularidade para entrar no mundo da política, como muitos fazem
por aí. Ele tem humor antenado, seu mister profissional de costume é pautado
pela sensibilidade de quem está próximo ao cotidiano das pessoas,
principalmente os humildes que não têm qualquer tipo de plano de saúde.
Não
importa, até um hipocondríaco, chato de galochas, que aparece por lá, ele não
perde a calma. Sempre mantendo uma postura de equilíbrio e de confiança. Sai de
mansinho, contando lorotas que não ofendem nem agridem.
Normalmente
fica quieto, concentrado, quando está ouvindo a amargura dos seus pacientes.
Depois, como um jogador (centroavante) avançado, e, de repente, surge dando um
chute estranho, certeiro (na cura). Pois ele sabe a hora exata do chute para
não acertar na trave.
Não
à toa, quando pego aquela gripe forte, já tenho a receita, descanso um pouco em
casa, bebo muitos líquidos e tomo algum analgésico, se necessário. Se a coisa
apertar, recorro aos serviços do meu amigo Arnaldo.
Recentemente
peguei outra vez a danada da gripe, graças a Deus sem os sintomas da temível
Covid-19. Apressei-me procurar o nosso Arnaldo para tomar aquela injeção à cura
que só ele sabe, como ninguém.
Chegando
ao seu posto de saúde, anexo a sua farmácia, fiz o sinal da cruz (tem horas que
só assim mesmo), arriei as calças e expus as nádegas (derrubadas) para receber
a temida injeção. É a idade, fazer o quê?
Um
parêntese particular. Injeção na minha época de garoto ninguém ficava doente, o
medo, já curava. Eita lasqueira... Morria de medo. Achava uma tremenda
covardia.
Caramba!
Fechar os olhos (antes de tomar a injeção) era pior. Parecia que eu estava
assistindo um filme de terror, um pesadelo macabro.
Voltemos
ao posto de saúde. Outro paciente, presente ali, arredio e ressabiado a tal
procedimento, olhou de soslaio e exclamou:
-
Ué, vim tomar injeção, não desse jeito (na bunda). Tá louco, meu!
Esse
é o ambiente de Arnaldo, cheio de histórias, onde ele dá exemplo da sua
competência, força de vontade, coragem, preocupação com todos os que o procuram
e pela incansável entrega ao próximo.
LINCOLN
CARTAXO DE LIRA
Advogado, Administrador e Escritor
Nenhum comentário:
Postar um comentário